O livro de Smole fala de forma sucinta sobre a perspectiva de inteligência. Em seu livro deixa claro a respeito das ideias de Guardner sobre a teoria das múltiplas inteligências. Levando em consideração o estudo das inteligências, a autora enfatiza a respeito das consequências educacionais em meio à prática educativa que infelizmente, muitas vezes não leva em consideração as capacidades particulares que se sobressaem de acordo com cada sujeito e as inteligências que cada um possui.

A teoria das inteligências múltiplas iniciou-se a partir da década de 1980. Gardner juntamente com uma equipe de pesquisadores da Universidade de Harvard, buscaram analisar a fundo sobre a inteligência humana.

Para Gardner o ser humano possui todas as inteligências, mas só algumas delas são mais desenvolvidas que as outras.

Outra coisa que influencia no desenvolvimento das inteligências para Gardner, é a genética + as experiências vividas que o sujeito possui.

Segundo suas pesquisas, Gardner identificou as seguintes inteligências:

Inteligência Linguística:

Para Gardner, os sujeitos que possuem essa inteligência desenvolvida, tem a capacidade de usar a linguagem escrita e oral para convencer, influenciar, estimular, agradar ou transmitir ideias. Pessoas com essa inteligência tem facilidade de aprender idiomas, escrever poesias, contar histórias ou relatar fatos de forma natural e precisa.

Inteligência Lógico-Matemática:

Pessoas com a inteligência lógico-matemática desenvolvida tem alta facilidade de explicar as coisas utilizando formas; conclusões baseadas em dados numéricos e na razão e tem facilidade de fazer contas sem auxílio de calculadora. Essa inteligência costuma ser desenvolvida em matemáticos e cientistas.

Inteligência Espacial:

É características de artistas plásticos, arquitetos, engenheiros, marinheiros e cirurgiões. Pessoas com esta inteligência são capazes de perceber o mundo visual e espacial com precisão; reconhecem os fenômenos que envolvem movimentos e posicionamentos de objetos.

Inteligência Musical:

Quem tem esta inteligência desenvolvida, tem alta facilidade para perceber sons, timbres, ritmos, produzir  e reproduzir sons. Pessoas com essa inteligência costumam ser compositores, maestros e críticos de música.

Inteligência Corporal-Cinestésica:

Capacidade de usar o corpo para praticar esportes; se expressar de forma artística, dançar e atuar. Jogadores de futebol costumam possuir esta inteligência pois conseguem controlar os movimentos do corpo de forma precisa.

Inteligência Interpessoal:

Quem possui essa inteligência desenvolvida tem alta facilidade de relacionar-se com outras pessoas; identificar a personalidade delas; perceber desejos e intenções de outras pessoas e agir em cima desta percepção. Pessoas com essa habilidade costumam ser professores; costumam liderar equipes e trabalhar em grupo.

Inteligência Intrapessoal:

Pessoas com essa habilidade costumam conhecer a si mesma; suas necessidades, habilidades, desejos, limites, sentimentos e tomam atitudes em cima disso para melhorar sua vida de acordo com seus conhecimentos. Essa inteligência é muito pessoal, e desta forma, costuma ser identificada por meio de músicas, manifestações linguísticas ou ritmos corporais.

Inteligência Naturalista:

Pessoas que compreendem os fenômenos físicos, natureza e clima, costumam possuir essa inteligência. Essa inteligência é típica de biólogos, naturalistas, paisagistas e jardineiros.

Inteligência Existencial:

Quem possui essa inteligência desenvolvida, costuma levantar questões a respeito da existência; da vida e a morte. Pessoas com essa habilidade costumam ser religiosos, líderes espirituais e filósofos.

Assista ao vídeo sobre as Inteligências:

A Importância das inteligências Múltiplas:

Segundo Gardner a inteligência do sujeito pode ser descoberta de diversas formas, ou seja, a partir da inteligência ao qual o sujeito possui mais desenvolvida, é possível se fundamentar em conhecimentos que não se resumem apenas a uma forma de critério ou estratégia de prática educativa.

A teoria das inteligências múltiplas é de grande valia quando temos em mente a importância de conhecer as diversas formas de inteligência, e possibilitando o avanço de uma prática educativa que respeite as particularidades de cada sujeito a fim de possibilitar a capacidade de desenvolvimento na aprendizagem.

Quando relacionamos a prática educativa com a teoria das inteligências múltiplas, a prática educativa se torna muito mais objetiva e funcional. A criança constrói o seu conhecimento de forma empírica, ou seja, no seu dia-a-dia, sendo assim, ela utiliza-se de suas capacidades (inteligências) para resolver seus problemas do dia-a-dia.

Com isso, o educador deve ter em mente que é necessário propor práticas educativas que levem em consideração às diversas inteligências ao qual cada criança possui desenvolvida. Até os dias de hoje, muitas pessoas se prendem ao simples fato de que inteligente é quem se destaca em português e matemática.

Mas a inteligência é a capacidade de resolver problemas, e um mesmo problema pode ser resolvido de diversas formas diferentes, ou seja, de acordo com a inteligência do sujeito, ele pode escolher uma forma ou caminho diferente para chegar à resolução de seu problema.

O foco da autora do livro trata a respeito da prática educativa em meio o ensino da matemática na educação infantil. A autora enfatiza a importância de criar situações que possibilitem que a criança construa diversas formas e estratégias para a resolução dos problemas.

O princípio para o desenvolvimento do raciocínio lógico se inicia a partir da capacidade de saber classificar, diferenciar e comparar objetos.

Com isso, a criança é capaz de utilizar suas inteligências para resolver os problemas e situações ao qual ela é submetida. Cada criança possui sua própria tendência e habilidade para atuar em meio às situações a fim de conquistar o auge (chegar à resolução do seu problema).

Para que a prática educativa contemple os diversos tipos de inteligência, é fundamental que exista o diálogo de forma horizontal, ou seja, que o professor leve em consideração os saberes das crianças envolvidas, e que a partir disso, conduza sua prática educativa englobando múltiplas formas de desenvolvimento com o intuito de contribuir para que a criança aprimore cada vez mais suas habilidades.

Para favorecer o desempenho na aprendizagem da matemática na educação infantil, as metodologias utilizadas, devem promover de forma interdisciplinar as diversas capacidades da criança. Dessa forma, a criança é estimulada de forma global, possibilitando a ela construir estratégias, maneiras e formas de construir seu raciocínio lógico.

Durante a Educação Infantil a criança pode ser estimulada por meio de jogos de adivinhação, brincadeiras de raciocínio lógico, atividades de organização e classificação e experimentos com sucata ou massinha. Dessa forma, compreende-se que a inteligência, ou inteligências, são sempre o resultado da interação e as inclinações biológicas somadas às oportunidades de aprendizagem que o sujeito possui.

Referências Bibliográficas:

SMOLE, Kátia Cristina Stocco. A matemática na educação infantil: a teoria das inteligências múltiplas na prática escolar. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996.

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Conteúdo da Apostila:

Sumário

• O QUE É A BNCC?
• O QUE SÃO COMPETÊNCIAS GERAIS NA BNCC?
• AS 10 COMPETÊNCIAS GERAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA
• O QUE SÃO COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS NA BNCC?
• O QUE SÃO COMPONENTES CURRICULARES NA BNCC?
• O QUE SÃO UNIDADES TEMÁTICAS NA BNCC?
• O QUE SÃO OBJETOS DO CONHECIMENTO NA BNCC?
• O QUE SÃO HABILIDADES NA BNCC?
• O QUE SIGNIFICA OS CÓDIGOS DAS HABILIDADES NA BNCC?
• COMO SABER QUAIS SÃO OS CONTEÚDOS DE UM PLANO DE ENSINO BASEADONA BNCC?
• EXEMPLO DE PLANO DE ENSINO DE ACORDO COM A BNCC PARA TURMA DE PRIMEIRO ANO – LÍNGUA PORTUGUESA

1. Componente Curricular
2. Justificativa
3. Objetivos Gerais
4. Conteúdos Programáticos
5. Metodologia
6. Avaliação
7. Referências Bibliográficas

• COMO MONTAR UM PLANO DE AULA BASEADO NA BNCC?

1. Tema
2. Habilidades
3. Introdução
4. Objetivos
5. Conteúdo Programático
6. Materiais Utilizados
7. Metodologia
8. Avaliação
9. Referências

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