Tema: Comparação entre regência verbal e regência nominal na norma-padrão e no português brasileiro coloquial oral.
Objetivo da Habilidade da BNCC:
Habilidade (EF09LP07) Comparar o uso de regência verbal e regência nominal na norma-padrão com seu uso no português brasileiro coloquial oral.
Tempo Estimado da Aula: 2 aulas de 50 minutos cada.
Turma: 9° Ano – Língua Portuguesa Ensino Fundamental.
PRÁTICAS DE LINGUAGEM:
– Análise linguística/semiótica.
OBJETOS DE CONHECIMENTOS:
– Morfossintaxe.
Objetivos:
– Compreender o conceito de regência verbal e nominal na norma-padrão da língua portuguesa.
– Comparar o uso da regência verbal e nominal na norma-padrão com o uso no português coloquial oral.
– Analisar e identificar as diferenças e semelhanças na aplicação das regras de regência em diferentes contextos.
Conteúdo Programático:
1. Regência Verbal:
– Conceito e definição.
– Exemplos na norma-padrão.
– Comparação com o uso coloquial.
2. Regência Nominal:
– Conceito e definição.
– Exemplos na norma-padrão.
– Comparação com o uso coloquial.
3. Diferenças e semelhanças entre a norma-padrão e o português coloquial.
Recursos Didáticos:
– Quadro branco e marcadores.
– Projetor e slides.
– Textos escritos em norma-padrão e coloquial.
– Áudio de diálogos em português coloquial.
– Fichas de atividades e exercícios impressos.
Atividades:
Aula 1:
1. Introdução:
– Explicar o conceito de regência verbal e nominal.
– Exibir slides com definições e exemplos da norma-padrão.
2. Exploração da Regência Verbal:
– Apresentar exemplos de regência verbal na norma-padrão (ex: “Ele gosta de música”, “Ela assistiu ao filme”).
– Discutir e listar os principais verbos e suas preposições associadas.
3. Regência Verbal no Português Coloquial:
– Ouvir áudios ou ler diálogos em português coloquial.
– Identificar diferenças na regência verbal (ex: “Ele gosta música”, “Ela assistiu filme”).
4. Atividade em Grupo:
– Distribuir fichas com frases em norma-padrão e coloquial.
– Pedir aos alunos para comparar e identificar as diferenças.
Aula 2:
1. Revisão e Introdução à Regência Nominal:
– Revisar o que foi aprendido na aula anterior.
– Explicar regência nominal com exemplos da norma-padrão (ex: “Ela é adepta de esportes”, “Ele é responsável pelo projeto”).
2. Regência Nominal no Português Coloquial:
– Ler textos coloquiais e identificar regência nominal (ex: “Ela é fã de esportes”, “Ele é responsável pelo projeto”).
– Comparar o uso com a norma-padrão.
3. Atividade Prática:
– Propor exercícios onde os alunos devem reescrever frases coloquiais para a norma-padrão e vice-versa.
– Formar pares para discussão e revisão das respostas.
4. Conclusão e Discussão:
– Realizar uma discussão em classe sobre as principais diferenças e semelhanças encontradas.
– Reforçar os conceitos de regência e sua importância na comunicação.
Avaliação:
– Participação e Engajamento: Avaliar a participação dos alunos durante as discussões e atividades em grupo.
– Atividades Práticas: Corrigir as atividades práticas e discutir os erros e acertos com a turma.
– Desempenho Individual: Avaliar a capacidade dos alunos em identificar e aplicar corretamente as regras de regência na norma-padrão e no coloquial.
Observações:
– Incentivar os alunos a observar e anotar diferenças entre a norma-padrão e o coloquial em suas interações diárias.
– Considerar o nível de compreensão dos alunos sobre as regras de regência antes de iniciar a comparação entre normas.
Atividade para Casa:
– Exercício de Reescrita: Os alunos devem escrever um parágrafo sobre um tema livre utilizando a regência verbal e nominal na norma-padrão e depois reescrever o mesmo parágrafo usando o português coloquial. Devem também fazer uma breve análise das diferenças encontradas entre os dois textos.
COMENTÁRIO:
Esta habilidade possibilita refletir sobre diferenças entre a norma-padrão e outras variedades da língua. Um exemplo comum é a regência do verbo assistir (com o sentido de ver algo). De acordo com a norma-padrão, esse verbo é regido pela preposição “a”: “Ele assistiu ao filme ontem”. Entretanto, hoje, até mesmo em textos jornalísticos encontramos o uso do verbo sem essa regência: “Ele assistiu o filme ontem”. A habilidade, portanto, demanda a análise comparativa de enunciados em que as regências nominal e verbal obedeçam regras de diferentes normas.
POSSIBILIDADES PARA O CURRÍCULO:
Na elaboração do currículo, convém reforçar um compromisso fundamental da escola: ser o espaço em que os/as alunos aprendem a utilizar as variedades de maior prestígio e com as quais tenham pouca familiaridade, sem, no entanto, discriminar as demais. Análises comparativas favorecem a compreensão do fenômeno da variação linguística, uma vez que colocam em discussão, nesse caso, as regras da norma-padrão sobre concordância e regência entre as palavras, em contraste com os usos efetivos da língua pelos falantes. Esse estudo possibilita, de um lado, colocar em questão as origens das regras da norma-padrão para relativizá-las; de outro lado, favorece a compreensão da língua como algo que muda no tempo e no espaço, de modo a legitimar todas as variedades e seus contextos culturais. A progressão do ensino pode pautar-se pelas diferentes regências selecionadas para estudo (nominal/verbal), pelo grau de complexidade e/ou formalidade dos gêneros e textos previstos e pelo nível de autonomia que se pretenda levar o aluno a conquistar a cada etapa.
Referências: Base Nacional Comum Curricular.
Download do plano de aula – HABILIDADE EF09LP07
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