Didática: Motivação e Incentivo na Aprendizagem

Didática: Motivação e Incentivo na AprendizagemExistem inúmeros fatores que influenciam na motivação e incentiva os alunos no momento da aprendizagem. Uma disciplina muito importante para compreender sobre esses fatores e como desenvolver um olhar reflexivo a respeito do que pode ser feito, quais os possíveis motivos pelos quais o aluno se sente desmotivado ou até mesmo a causa dos problemas para aprender é a disciplina de Introdução a Psicologia da Educação.

Com essa disciplina compreendemos que muitas vezes os alunos passam por problemas emocionais, traumas, situações complicadas na família, problemas com autoestima, problemas com sua autonomia, falta de autoconfiança, dentre outros. Sendo assim, iremos abordar de forma breve alguns tópicos relacionados à Psicologia da Educação.

Aluno com problema de autonomia:

Quando o aluno tem problemas com autonomia, em muitos casos terá dificuldades na aprendizagem. Por meio da autonomia o sujeito é capaz de decidir, arriscar, fazer escolhas, errar e aprender com seus próprios erros. Quando o aluno não possui autonomia, acabará evitando tomar decisões por si só, terá medo de arriscar e irá muitas vezes esperar pelos demais na sala de aula ou evitará se posicionar, com isso, acabará tendo alguns problemas para evoluir no aprendizado de forma geral.

Assista o vídeo sobre Autoconfiança e Autoestima no Ambiente Escolar:

É importante que tanto em casa quanto na escola seja trabalhado com o aluno a autoconfiança para que ele entenda que ele deve tomar decisões mesmo que ele venha a errar e que por meio das decisões, erros e acertos, nós como sujeitos aprendemos e evoluímos. Na escola o professor além da família também irá trabalhar e reforçar o desenvolvimento da autonomia do aluno no ambiente escolar.

Relação entre Escola e Família:

Outro fator muito importante que faz toda a diferença na vida acadêmica dos alunos é a parceria entre escola e família. A família é a primeira instituição ao qual o aluno faz parte, aprende valores, costumes e desenvolve boa parte de sua personalidade. Sendo assim, a família deve ser parceira durante o desenvolvimento do aluno e seu aprendizado.

Muitas vezes o aluno apresenta dificuldades e problemas e é importante que a família contribua para que juntos seja possível descobrir a causa do problema e contribuir para que o aluno consiga superar seus obstáculos. Quando a família delega o papel da educação toda à escola se torna complicado fazer com que esse aluno evolua de forma plena.

Para que ocorra mudanças significativas na vida do aluno é importante que a família faça parte dessa rotina e da mudança de postura para que dessa forma seus filhos sejam capazes de evoluir e receber o apoio de sua família. Ter o apoio da família é fundamental para gerar no aluno o interesse pela aprendizagem e o desenvolvimento de sua autoconfiança.

O QUE É IMPORTANTE PARA MANTER UM BOM RELACIONAMENTO ENTRE A ESCOLA E A FAMÍLIA?

Entender que ambos são importantes para o desenvolvimento e aprendizagem do aluno, lembrando que cada um tem seu papel e nenhum é mais ou menos importante. Mantendo a parceria e realizando aquilo que lhe é competido a fazer, é certo que o aluno é capaz de ir longe quando a família e a escola estão dispostas a se empenhar para que o aluno se desenvolva como sujeito.

Ansiedade e Aprendizagem: 

Outro fator que pode interferir muito na motivação do aluno é a ansiedade no ambiente escolar. Muitos acham que a criança e o adolescente por serem novos não passam por problemas emocionais, mas na verdade problemas com ansiedade e autoestima não tem idade certa para acontecer.

De acordo com o ambiente que a criança e o adolescente vivem, boa parte de sua personalidade vai sendo formada e com isso tudo que a criança/adolescente ouve durante seu desenvolvimento influencia naquilo que ele acredita e a forma como ele (a) se enxerga.

Dessa forma é importante que o professor tenha um olhar apurado para entender a causa pela qual muitas vezes o aluno se sente ansioso no ambiente escolar como por exemplo: Será que em casa esse aluno é superprotegido pela família? Será que ele é super cobrado e punido quando comete erros? Será que essa família acompanha essa criança ou adolescente?

Famílias conturbadas podem gerar alguns traumas que podem fazer com que o aluno tenha medos, ansiedade e traumas que acabem refletindo no ambiente escolar. Alunos que são cobrados exageradamente pelos pais e seus erros não são aceitos, tendem a ter medo de arriscar, errar e com isso todo esse sentimento de ansiedade pode atrapalhar na hora do aprendizado.

Crianças e adolescentes que são muito protegidos e não tem poder de escolha durante seu amadurecimento acabam não desenvolvendo sua autonomia e com isso se sentem apreensivos quando precisam decidir algo sozinho. Esse medo de decidir algo e a estranha sensação de liberdade de expor suas ideias em um ambiente diferente de sua casa pode lhe causar medo e gerar ansiedade o que também pode dificultar na hora de aprender.

E também, crianças e adolescentes que são abandonados emocionalmente por suas famílias e não têm seu desenvolvimento assistidos por seus pais ou responsáveis, acabam que se sentem frustrados e, com isso de forma geral não se sentem motivados a querer aprender coisas novas. E todos esses sentimentos citados nos parágrafos anteriores podem ser possíveis causas que podem fazer com que um aluno não tenha motivação ou apresente dificuldades durante o aprendizado.

No ambiente escolar também cabe ao professor proporcionar que esse aluno se sinta confiante e que aprenda no seu tempo afim de não gerar ansiedade. O professor deve entender que cada aluno aprende no seu ritmo e momento.

Desenvolvimento da autoestima: 

Nos tópicos anteriores falamos sobre medos, traumas e ansiedade. Todos esses fatores se interligam, pois, a ansiedade muitas vezes é fruto da falta de autoestima que está em falta no aluno. A falta da autoestima faz com que tarefas simples e coisas que até gostamos se tornem maçantes. A falta da autoestima faz com o que o sujeito não acredite em seu potencial e que não veja perspectiva para o futuro. Sendo assim, pessoas que tem a autoestima baixa tendem a não acreditarem se capazes de conseguir superar suas dificuldades e muitas vezes desistem de algo sem ao menos tentar.

Por isso em muitos casos vemos alunos desanimados e que não tentam se desenvolver. Falta-lhe a motivação e a fé neles mesmos. Claro que existem casos e casos. Mas uma coisa é certa: quais os tipos de estímulos eles estão tendo em seu dia-a-dia?

Lembrando que essa motivação para o aluno deve partir tanto da escola quanto da família. Por isso é tão importante que família e escola andem de mãos dadas. A escola deve tentar entender a história de vida dos alunos e promover uma aprendizagem que contemple a história de vida deles e a família deve proporcionar um ambiente equilibrado que acolha e que dê confiança para que ele possa acreditar em seu potencial, se sentir bem e poder aprender de forma tranquila sabendo que está em um ambiente saudável.

Segundo Wallon, o sujeito precisa de um lugar emocionalmente estruturado para poder se desenvolver. Então a escola e a família precisam proporcionar um ambiente equilibrado para que o aluno/filho consiga evoluir e se sentir tranquilo e mais confiante. Além disso, o professor deve ter em mente que sua conduta em sala de aula e muitas vezes o autoritarismo pode gerar no aluno o desequilíbrio na autoestima. Todo sujeito possui uma bagagem de conhecimentos que devem ser trocados no ambiente escolar, sendo assim, o professor não é considerado o detentor do conhecimento e sim o mediador.

Estilos de Aprendizagem:

Um fator muito importante que também devemos saber é que cada sujeito possui um estilo de aprendizagem específico e o estilo de aprendizagem que o sujeito possui é a forma que ele tem mais facilidade em compreender e absorver os conteúdos. Sabendo disso, o professor deve proporcionar uma aula que contemple os diversos estilos de aprendizagem para que alcance ao máximo as necessidades dos alunos e permita que todos sejam capazes de aprender.

Segundo o Modelo VARK temos o estilo visual, auditivo, leitura e escrita e cinestésico, para mais informações a respeito confira aqui a postagem que fala sobre estilos de aprendizagem. Além do modelo VARK, temos outros 4 tipos de estilos de aprendizagem segundo Alonso e Gallego (2002), Portilho e Beltrami (2009) que são o estilo ativo, reflexivo, teórico e pragmático.

Sabendo dessas informações, o professor compreende que quando se prepara uma aula em que não se contempla a variedade de estilos de aprendizagem, ocorre que muitos alunos podem acabar se perdendo no meio do processo de aprendizagem e perdendo o interesse pelo aprendizado já que muitas vezes seu estilo de aprendizado pode não estar sendo estimulado em sala de aula.

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