Tratamentos para Transtorno de Personalidade Limítrofe

Tratamentos para Transtorno de Personalidade LimítrofeAssim como os outros tipos de Transtornos, o tratamento é feito por meio de Psicoterapias e medicamentos quando necessário para estabilizar o humor e cuidar de outros problemas como ansiedade e depressão. Além da Psicoterapia temos outras formas de tratamento como: Terapia Cognitiva Comportamental, Terapia Dialética Comportamental, Terapia do esquema e Terapias para a Família.

Como o transtorno é caracterizado por atitudes e pensamentos incontroláveis, a ajuda do psicólogo, psiquiatra e as psicoterapias se fazem necessárias para que a pessoa consiga dar um novo significado aos seus sentimentos, curar traumas do passado, aprender a se acolher internamente e a não se julgar ou se culpar tanto, conduzir seus comportamentos e atitudes de forma plena, dentre outros.

Como saber se a pessoa possui o Transtorno de Personalidade Borderline/Límítrofe?

Para que a pessoa seja diagnosticada é importante que ela seja acompanhada por um psicólogo ou psiquiatra. É importante que todos os pontos sejam colocados à mesa e que até mesmo saibamos o histórico familiar da pessoa. Relatos de amigos e familiares que convivem com a pessoa, podem ajudar nessa investigação.

Como qualquer outro tipo de transtorno, o tratamento deve ser feito por meio de psicoterapia e fármacos que ajudam a controlar os sintomas como ansiedade e depressão, que são causados pela inconstância emocionais.

Qual profissional faz o diagnóstico de pessoas com Transtorno de Personalidade Borderline ou Limítrofe?

Os profissionais capacitados para diagnosticar transtornos de forma geral são os psicólogos e psiquiatras. Para que a pessoa possa ser diagnosticada, é necessário que esse profissionais façam um acompanhamento por meio de entrevista e até mesmo exames médicos.

O profissional em saúde mental é encarregado de perguntar ao paciente seus sintomas e seu histórico para ele e seus familiares com o propósito de reunir informações que contribuam para poder chegar a um melhor resultado e decidir a melhor forma de tratar o transtorno diagnosticado.

Pessoas com o Transtorno de Personalidade Borderline ou Limítrofe, possuem um intenso medo da solidão, se mostrando como pessoas muito carentes com extrema necessidade de cuidados por parte dos outros. Para evitar a solidão e o abandono, são capazes de simular ou realmente cometer atitudes suicidas para que não sejam abandonados, além de se automutilarem para aliviar a dor interna que muitas vezes não conseguem controlar.

Pessoas com o TPB apresentam episódios de pensamentos paranoicos, ou seja, de situações irreais que nem estão realmente acontecendo, o que ocasiona estresse emocional e medo excessivo de algo que a pessoa acredita que vá acontecer a ela. Todos esses medos e pensamentos causam um desiquilíbrio que contribui para que a pessoa se comporte de forma descontrolada e que desenvolva quadros de ansiedade e depressão podendo levar até o suicídio.

Como seu humor é completamente instável, pessoas com este transtorno entram em relações intensas e ao mesmo tempo instáveis pois, elas acabam se auto sabotando. A pessoa com este transtorno idealiza com rapidez uma pessoa que acredita poder cuidar dela da forma como ela precisa. Sendo assim, ela age de forma empática investindo na pessoa que ela acredita naquele momento.

Mas no primeiro sinal real ou imaginário de que essa pessoa não irá cuidar dela como ela precisa ou a abandonar, ela já desconsidera a pessoa rapidamente agindo de forma bem polarizada entre bem e mal. Qualquer ocorrência como atrasos, imprevistos, podem ser gatilhos que despertam nessa pessoa a sensação de estar sendo rejeitada, abandonada ou traída.

Sensação Extrema de Incapacidade:

Outra característica deste transtorno, é que a pessoa se sente inútil e uma sensação de incapacidade muito grande, o que pode travar essa pessoa e impedir que ela conquiste diversas coisas pois, ela acredita não ter capacidade, o que faz ela se auto sabotar e perder muitas vezes oportunidades importantes em sua vida.

Acaba que ela se isola muitas vezes para evitar ser abandonada. A pessoa com Borderline, muitas vezes interpreta o comportamento das pessoas como se elas a rejeitassem ou a negligenciassem, o que faz ela ter uma visão distorcida do que realmente está acontecendo e que consequentemente gera mudanças de humor e dificuldade para controlar suas emoções, frutos de pensamentos irreais sobre algo.

Como as Pessoas Limítrofes possuem um comportamento impulsivo e inteiramente cheias de dificuldades para lidar com suas emoções, acabam cometendo atitudes perigosas como: usar drogas, álcool, sexo sem proteção, situações de risco, gastar compulsivamente, dentre outros. No ramo dos estudos podem simplesmente abandonar ou até mesmo se demitir de seu emprego.

Como pessoas com Borderline não se acham boas o suficiente e inúteis, acreditam que não poderão conseguir as coisas por si só, o que as torna muito dependentes dos outros. Por outro lado, mesmo que ela conte com o outro, ela vive com medo do que virá pela frente, ou seja, acaba tendo sempre um olhar pessimista de que tudo pode terminar de forma ruim, o que leva ela a tomar a decisão de acabar com algo que estava até bom, mas que por medo ela mesmo acabou.

Comportamentos e emoções instáveis:

Todos esses comportamentos se tornam um círculo vicioso o que gera raiva descontrolável fazendo com que se comportem de forma inadequada. Como suas emoções e seus humores são instáveis, pessoas com TPB podem mudar radicalmente sua autoimagem por meio das novas idealizações que ela (e) faz nos âmbitos profissionais, sociais e amorosos que refletem em seus objetivos, valores e opiniões.

Para os Borderlines, situações e acontecimentos comuns do dia-a-dia podem desencadear emoções aos quais causam grande irritação e angústia. Além disso, pessoas com esse transtorno, muitas vezes enxergam coisas que simplesmente não existe, como por exemplo olhar para alguém e essa pessoa estar com um rosto tranquilo e ela enxergar revolta nessa pessoa. Como também, encontrar ofensa em uma resposta neutra.

É importante analisar algumas características do transtorno Borderline para diferenciá-lo de outros tipos de transtornos. Diferente do Transtorno Bipolar, o Transtorno de Personalidade Borderline tem suas mudanças de humor e comportamento por conta de situações estressantes, e no caso dos Bipolares, a mudança de humor e a falta de energia, não são provenientes do estresse. Da mesma forma, vale ressaltar que no caso do Transtorno de Personalidade Histriônica ou Narcisista, o sujeito são manipulares e buscam por atenção, mas o que diferencia as pessoas Histriônicas e Narcisistas das Borderlines é que elas se consideram pessoas más e se sentem vazias.

Saiba as principais características da pessoa com Transtorno de Personalidade Borderline/Limítrofe:

• Variações de humor e de forma intensa podendo variar por algumas horas e podendo se estender por alguns dias;
• Pensamentos paranoicos relacionados ao estresse emocional podendo em alguns casos apresentar episódios psicóticos;
• Comportamentos descontrolados e impulsivos que geram atitudes tais como: usar drogas, álcool, sexo sem proteção, situações de risco, gastar compulsivamente, dentre outros;
• Comportamentos desequilibrados que reproduzem o medo do abandono real ou imaginário;
• Visão de autoimagem distorcida e falta de instabilidade em relação a si mesmo;
• Apresenta relações intensas e instáveis ao mesmo tempo com entes queridos, familiares, amigos e em relacionamentos amorosos;
• Sentimentos regulares de vazio e solidão;
• Alta emotividade à rejeição;
• Falta de paciência com frequência, ser sarcástico, ter raiva incontrolável e até provocar brigas físicas;
• Problemas para controlar sentimentos como: ódio, raiva, fúria, dentre outros;
• Mudança constante da idealização para a desvalorização sobre algo ou alguém repentinamente quando acredita estar sendo abandonado (a);
• Comportamentos e ameaças suicidas podendo ser para chamar a atenção ou reais;
• Automutilação e atitudes autodestrutivas.


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