A abordagem Humanista privilegia os aspectos da personalidade do sujeito que aprende. Corresponde ao “ensino centrado no aluno”. O conhecimento, para essa concepção, existe no âmbito da percepção individual e não se reconhece objetividade nos fatos. A aprendizagem se constrói por meio da ressignificação das experiências pessoais.
O aluno é o autor de seu processo de aprendizagem e deve realizar suas potencialidades. A educação assume um caráter mais amplo, e organiza-se no sentido da formação total do homem e não apenas do estudante.
Valoriza a democracia nas relações, de tal forma que o professor atua como um facilitador da aprendizagem e das relações interpessoais, e deve ser compreensivo com os sentimentos e características de personalidade de seus alunos, criando um clima favorável à aprendizagem.
Os procedimentos ou estratégias de ensino assumem um papel secundário, na medida em que se valoriza a pesquisa de conteúdos feita pelos alunos, de forma crítica e pessoal. Por decorrência, defende o processo de auto avaliação do aluno. Seus representantes mais significativos foram C. Rogers (ROGERS; FREIBERG, 1969) e A. Neill (NEILL; FROMM, 1960), cujas ideias marcaram mundialmente os anos 60, revolucionando o pensamento pedagógico.
No ensino superior, esta abordagem é pouco difundida. Pode ser identificada em atividades específicas, como o portfólio do estudante, que valoriza a expressão subjetiva como parte da proposta pedagógica. (ANASTASIOU; ALVES, 2004).
Nele devem ser registradas não só as informações relativas aos conteúdos de ensino, mas também as impressões da trajetória pessoal no processo de aprendizagem. Nos cursos desenvolvidos na modalidade a distância, o suporte à autonomia e os portfólios de estudantes podem ser viabilizados em diversos ambientes virtuais de aprendizagem (FILATRO, 2004).
Fonte: Especialização em Saúde da Família – Modalidade a Distância.
UNA-SUS UNIFESP, 2011.