Exemplo de Plano de Aula para EJA

Exemplo de plano de aula para EJAPLANO DE AULA EJA (Educação de Jovens e Adultos)

Atividade: Poema Oração do milho e receita de polenta assada com carne seca.

Ano: 1º, 2º e 3º do Fundamental 1

 Introdução:

Ao usar receitas na educação de jovens e adultos, o professor tem em mãos um leque de possibilidades para abordar o assunto, explorando textos comuns e que fazem parte do cotidiano de jovens e adultos. As receitas culinárias propiciam aos estudantes aprimorar a leitura e escrita, uma vez que trazem dois tipos de informações básicas: o que usar e como usar.

1.1 – Objetivos:

  • Identificar letras, sílabas, palavras e frases distinguindo-as;
  • Reconhecer o nome de marcas conhecidas;
  • Explorar o conhecimento de mundo deles;
  • Ampliar a capacidade de leitura e escrita a partir de textos não verbais.

1.2 – Justificativa:

A atividade feita com receitas de lugares específicos exerce um papel importante com os alunos do EJA; a história do local, a leitura e a questão de medidas e como fazer uma receita passo a passo. Esta atividade prática colabora para que os alunos compreendam com mais clareza e que, atribuam mais significado para aquilo que estão aprendendo em sala de aula.

2.1 – Metodologia:

Em uma roda de conversa, ler o poema sobre “Oração do Milho” de Cora Coralina e explorar juntamente com os alunos sobre o poema lido. Logo após, propor realizar com os alunos a receita proposta no plano de aula. Durante a atividade prática, interroga-los sobre suas receitas preferidas; quais fazem com frequência; como adquiriram a receita, entre outros. Propor que na próxima aula os alunos tragam uma receita.

2.2 – Avaliação:

A avaliação acontecerá mediante observação da participação e envolvimento dos alunos na realização das atividades. O professor também deve estar atento às dificuldades dos alunos em relação à leitura da receita e suas medidas; sempre ajudando durante o processo.

Polenta assada com carne seca

 Ingredientes:

– 400 g de fubá
-1 colher (sopa) de sal
-1,5 litro de água
-3 colheres (sopa) de óleo
-1 k de carne seca magra
-1 cebola grande em rodelas
-3 tomates sem pele e semente picado

 Preparo:

Ferva a água e coloque o sal. Em seguida, baixe o fogo e coloque aos poucos o fubá mimoso e mexa bastante para não empelotar. Em uma assadeira borrifada com água, espalhe a polenta em camadas finas, espere esfriar e leve à geladeira até ficar gelada. Deixe a carne seca de molho em água fria de véspera e troque a água por várias vezes para eliminar o sal. Corte a carne-seca bem fininha e reserve. Refogue a cebola no óleo junte a carne e deixe fritar um pouco, acrescente o tomate e refogue por mais ou menos uns cinco minutos. Junte 2 copos de água quente e deixe cozinhar até a carne amaciar e o molho engrossar. Corte a polenta em quadrados de aproximadamente 10 cm e coloque em uma assadeira untada com óleo. Cubra cada quadrado com a carne seca e leve ao forno por 20 minutos.

Rendimento: 6 porções
Tempo de preparo: 1 hora e 30 minutos

Cora Coralina: Oração do Milho

Sou a planta humilde dos quintais pequenos e das lavouras pobres.
Meu grão, perdido por acaso, nasce e cresce na terra descuidada. Ponho folhas e haste e se me ajudares Senhor, mesmo planta de acaso, solitária, dou espigas e devolvo em muitos grãos, o grão perdido inicial, salvo por milagre, que a terra fecundou.
Sou a planta primária da lavoura.
Não me pertence a hierarquia tradicional do trigo. E de mim, não se faz o pão alvo, universal.
O Justo não me consagrou Pão da Vida, nem lugar me foi dado nos altares.
Sou apenas o alimento forte e substancial dos que trabalham a terra, onde não vinga o trigo nobre.
Sou de origem obscura e de ascendência pobre. Alimento de rústicos e animais do jugo.
Fui o angú pesado e constante do escravo na exaustão do eito.
Sou a broa grosseira e modesta do pequeno sitiante. Sou a farinha econômica do proletário.
Sou a polenta do imigrante e a miga dos que começam a vida em terra estranha.
Sou apenas a fartura generosa e despreocupada dos paiois.
Sou o cocho abastecido donde rumina o gado
Sou o canto festivo dos galos na glória do dia que amanhece.
Sou o carcarejo alegre das poedeiras à volta dos seus ninhos.
Sou a pobreza vegetal, agradecida a Vós, Senhor, que me fizeste necessária e humilde
Sou o milho.

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