Saiba tudo sobre o Período Joanino (1808–1821):
Vimos no tópico anterior que Portugal encontrava-se em crise por causa das mudanças sociais, políticas e econômicas que estavam ocorrendo na Europa. D. José I e seu ministro, o Marquês de Pombal, aderiram às ideias do Iluminismo e produziram as Reformas Pombalinas, que visavam prioritariamente o desenvolvimento da razão, da ciência e da tecnologia.
Para tanto, foi necessário diminuir o poder absolutista do rei e o poder religioso e o domínio educacional dos jesuítas, que foram expulsos de Portugal e de suas colônias em 1759. As principais medidas no âmbito educacional foram a instauração das Aulas Régias e do ensino laico. Em 1808, a família real foi obrigada a sair de Portugal, por ocasião da invasão da metrópole pelas tropas francesas, refugiando-se no Brasil.
A corte chegou num momento de descontentamento e revoltas decorrentes das relações políticas e econômicas entre a metrópole e a colônia, bem como entre o trabalho escravo e os detentores do poder. Em 1808, foi decretada a abertura dos portos, atendendo a pressões inglesas e aos interesses dos grupos coloniais.
Assim, o monopólio do comércio externo foi extinto, alterando a estrutura econômica, política e social brasileira. A vinda de D. João VI propiciou também a criação de Academias Militares; Escolas de Direito e Medicina; da Imprensa Régia (1808) – que possibilitou a divulgação e circulação de informações e ideias, inclusive políticas, entre a população letrada da época ; da Biblioteca Real (1810), franqueada ao público em 1814; do Jardim Botânico do Rio (1810) e do Museu Nacional (1818).
Em 1820, o povo português, descontente com o governo, promoveu a Revolução Constitucionalista, que obrigou a volta da corte de D. João VI para Portugal(1821). Este fato impulsionou o processo de emancipação política do Brasil, ocorrida em 1822.
Título : História da Educação no Brasil
Autor : Josimeire Medeiros Silveira de Melo
Fonte: História da Educação no Brasil / Josimeire Medeiros Silveira de Melo; Coordenação Cassandra Ribeiro Joye. – 2 ed. Fortaleza: UAB/IFCE, 2012.