A educação formal brasileira inicia-se no período do Brasil Colônia, com a chegada dos jesuítas, em 1549, sob a orientação do Padre Manoel da Nóbrega. Estes religiosos foram responsáveis pela instrução e catequização até o ano de 1759, quando o Marquês de Pombal os expulsou e implantou as Reformas Pombalinas. O objetivo fundamental dessa mudança era a implantação do ensino laico (desvinculado de aspectos religiosos) e público (acessível a todos).
Muitas mudanças ocorreram até que se chegasse à pedagogia dos dias de hoje. As principais reformas foram Benjamim Constant (1890), Epitácio Pessoa (1901), Rivadávia Correia (1911), Carlos Maximiliano (1915), João Alves da Rocha Vaz (1925), Francisco Campos (1932), Gustavo Capanema (1946) e as Leis de Diretrizes e Bases de 1961, 1971 e 1996. A partir desses estudos, veremos que a educação sempre esteve a favor de determinados grupos sociais, com o propósito de manter seu status quo.
PERÍODO COLONIAL
O período colonial apresentava-se como um tipo particular de relações políticas e econômicas com dois elementos: um centro de decisão (metrópole) e outro subordinado (colônia). No entanto, para que este esquema funcionasse, os lucros advindos da exploração de bens naturais das colônias não poderiam se concentrar exclusivamente na metrópole. Uma parte pequena deveria permanecer na colônia com a camada que dirigia internamente a atividade produtiva.
No Brasil, para a obtenção de um maior controle sobre a produção e a garantia da apropriação da terra, foram estabelecidas Capitanias Hereditárias. Em função das dificuldades apresentadas pelo distanciamento e controle sobre as Capitanias Hereditárias, foi criado o Governo Geral, constituído por integrantes da pequena nobreza portuguesa. O governador geral foi o primeiro representante do poder público na Colônia.
Tinha como obrigação não substituir, e sim apoiar as Capitanias, a fim de consolidar um modelo capitalista-mercantil agro-exportador dependente, com base na monocultura de produtos (açúcar, ouro, café, borracha), que era de interesse comercial para os colonizadores. Entre as monoculturas desenvolvidas no Brasil, a grande produção açucareira foi a única base da economia colonial até meados do século XVII.
Você sabia?
Status quo: é uma redução da expressão latina [in] status quo [ante], que significa, literalmente, “no mesmo estado em que se encontrava antes”. A diplomacia teria sido a principal responsável pela difusão da expressão, empregada principalmente para referir-se às condições em que tudo se encontrava antes de determinado fato.
Por exemplo: duas nações que se engajam numa guerra de fronteiras podem concordar em cessar fogo desde que as duas partes voltem ao status quo ante – entenda-se, às posições territoriais que ocupavam antes do início do conflito (notem que aqui, devido à ideia temporal, o advérbio latino ante pode ser usado, se quisermos).
Pouco a pouco, esta expressão, além de “estado anterior”, passou também – e principalmente – a significar o estado atual, a situação vigente, ou, no jargão dos anos 60, o sistema. Fonte: https://www.significados.com.br/ status-quo/
Título : História da Educação no Brasil
Autor : Josimeire Medeiros Silveira de Melo
Fonte: História da Educação no Brasil / Josimeire Medeiros Silveira de Melo; Coordenação Cassandra Ribeiro Joye. – 2 ed. Fortaleza: UAB/IFCE, 2012.