Psicomotricidade na Educação Infantil de acordo com a BNCC:
O que é psicomotricidade
A psicomotricidade é uma prática pedagógica que contribui no desenvolvimento da criança no processo de aprendizagem.
Em relação aos aspectos físicos, mental, afetivo-emocional e sócio-cultural.
Estuda o processo de maturação e como contribuir para o desenvolvimento psicomotor.
A psicomotricidade é muito importante na pedagogia pois é por meio dela que descobrimos como propor atividades infantis, que ajudem a desenvolver as capacidades motoras da criança.
E que, é por meio dos movimentos que a criança expande seu corpo, emoções, sensações e, assim conhece a si mesma e o meio em que ela vive.
Objetivo de estudo da psicomotricidade
O objetivo de estudo da psicomotricidade é mostrar que o homem por meio do seu corpo em movimento, ele percebe, ele age e interage com outros seres humanos, com objetos e consigo mesmo.
A psicomotricidade se baseia na concepção que o ser humano uni conhecimentos cognitivos, sensório motores e psíquicos e com isso, se expressa e domina seus movimentos de forma ordenada.
O estudo centra no processo de controle entre tensões e músculos que causam como resultado o movimento e a sua relação com o processo cognitivo, que é o modo de perceber e interpretar a si mesmo, por meio do conhecimento adquirido pela atenção, percepção, memória, raciocínio, juízo, imaginação, pensamento, linguagem e ação.
Para que a criança se desenvolva é importante a orientação, o apoio e afeto nesses momentos de avanços e novas descobertas na resolução de problemas, pois ela aprende nas interações sociais.
Objetivo do desenvolvimento psicomotor
O objetivo do desenvolvimento psicomotor é controlar o próprio corpo e ser capaz de realizar diferentes tipos de movimentos e expressões pela ação.
O desenvolvimento motor acontece por meio da maturação biológica e pelo meio social. É importante criar situações e estimular a criança.
Criando desafios que possibilitem a aprendizagem de determinadas habilidades.
Para ajudar no desenvolvimento psicomotor, cabe aos pais/responsáveis estimular a criança a se deslocar; a querer pegar algum objeto colocando-o perto da criança e criar situações para que ela queira se descolar engatinhando em direção a algum brinquedo.
É importante criar desafios de acordo com a maturação biológica da criança, ou seja, algo que seja possível para a idade dela. Essas interações sociais entre a criança e o mediador, impulsionam o desenvolvimento psicomotor da criança e ela conhece mais sobre si, e começa a conhecer o espaço que existe a sua volta.
À medida que se colocam maneiras diferentes e novas para executar o movimento anteriormente conhecido, a criança se vê desorganizada e todo um sistema cerebral é ativado, buscando na cognição, na emoção e no aparato motor uma forma de perceber, decodificar, planificar e executar o novo movimento (GONÇALVES, 2011, p. 30).
Incentivar a criança a fazer um novo movimento, ajuda ela ativar seu sistema cerebral, que busca desta forma um novo conhecimento, uma nova sensação e a possibilidade de controlar-se.
A Psicomotricidade não é exclusiva de um método, de uma “escola” ou de uma “corrente” de pensamento, nem constitui uma técnica, um processo, mas visa fins educativos pelo emprego do movimento humano (AJURIAGUERRA, apud FONSECA, 1988, p. 332).
O controle do corpo acontece de forma progressiva. Na idade de 0 a 2 anos o controle está ligado a duas grandes leis:
Lei céfalo-caudal e lei próximo-distal.
A lei céfalo-caudal está relacionada às partes mais próximas da cabeça, que são controladas antes, e que seguem em direção para baixo, ou seja, primeiro a criança controla a cabeça, depois o tronco.
A lei próximo-distal está relacionada às partes que estão mais próximas do eixo corporal e que são controladas antes das que se encontram mais afastadas, ou seja, antes de controlar o cotovelo, é necessário controlar o ombro.
A criança segue um padrão de desenvolvimento, desta forma entende-se que antes de uma criança andar, ela engatinha; antes de correr precisa saber andar; e para controlar o pulso precisa saber controlar o cotovelo e antes do cotovelo o ombro.
Da mesma forma, não seria possível que uma criança conseguisse andar sem controlar o tronco e a cabeça, pois seria impossível ela se sustentar desta forma.
Durante os dois primeiros anos de vida, é importante estar sempre presente e estimulando a criança a passar pelas etapas; auxiliando e ajudando ela aperfeiçoar suas habilidades motoras de acordo com sua maturação.
A importância do desenvolvimento das capacidades psicomotoras
Psicomotor é a integração das funções motoras e psíquicas. Neste caso, a importância do desenvolvimento das capacidades psicomotoras se dá ao fato de que por meio dela, o sujeito controla seu movimento com a mente, pois ele já adquiriu conhecimentos motores, e desta forma, consegue agir ordenadamente.
O ato motor ajuda no desenvolvimento mental que, por sua vez, faz com que o sujeito adquira conhecimentos. O corpo e a mente trabalham juntos, desta forma a mente ajuda na reprodução de movimentos, que o sujeito já tem conhecimento e que foram adquiridos por meio dos movimentos executados várias vezes, e, interpretados pelo pais e responsáveis durante o seu desenvolvimento infantil.
A importância do desenvolvimento psicomotor, se dá ao fato de que por meio dela, o sujeito domina seu corpo; consegue fazer atividades que outrora precisaria de ajuda, e, consegue se relacionar com os outros e com o meio ambiente em que vive. Com o psicomotor desenvolvido, ele pode representar mentalmente usando o corpo para se expressar e como instrumento para exercer diversas atividades.