Você já esteve numa festa na qual a polícia foi chamada por causa do barulho? Ou já foi incomodado pelo vizinho a altas horas da madrugada? É bem possível que você já tenha passado por uma dessas situações. Por que gostamos de certos sons e achamos outros tão irritantes? Os sons podem curar enfermidades ou mesmo prejudicar a saúde? Convidamos você a conhecer um pouco sobre os sons que nos rodeiam e a Arte que os usa como elemento criador.
O som, para existir, necessita de uma fonte sonora. Qualquer coisa que produza sons é uma fonte sonora: o trovão, o soar do tênis numa quadra de basquete, nossas pregas (cordas) vocais, instrumentos musicais, etc.
Toda fonte sonora gera vibrações que se propagam pelo ar ou por outros meios, como a água e os objetos sólidos. Nesses meios as vibrações podem ser modificadas, devido à sua constituição. Uma pessoa surda, por exemplo, pode sentir essas vibrações pela pele. Dizem que Bethoven, um dos maiores compositores de todos os tempos, compôs suas principais sinfonias no final de sua vida, completamente surdo.
Você sabia que a área da física que estuda as propriedades das ondas sonoras, eletromagnéticas, ondas de rádio, raios X e outras formas de oscilação chama-se oscilatória? O estudo de eventos em que ondas sonoras se manifestam, tem despertado tal interesse que se constituiu numa disciplina chamada acústica, dentro do estudo da área da oscilatória, na Física. Os sons sempre estão ao nosso redor, no trabalho, nas ruas, no campo, etc.
Podem ser insuportáveis, como as goteiras numa noite de insônia, ou agradáveis, como a música que nos emociona em um filme. Por que quando colocamos o ouvido numa concha dizemos que escutamos o som do mar? Experimente formar uma concha com as mãos e colocá-la sobre o ouvido. Você escutará o mesmo som da concha do mar. Na realidade, o que se ouve são os sons do ambiente externo, que reverberam no interior da caixa de ressonância, formada por suas mãos.
Todos os instrumentos acústicos possuem uma caixa de ressonância, isto é, um local no qual as ondas sonoras são ampliadas, como por exemplo, o corpo do violão, a estrutura do piano, o tubo dos instrumentos de sopro, entre outros. As vibrações possuem determinadas frequências que podem ser medidas em Hertz. Um Hertz (hz) é o movimento realizado pela onda sonora durante o tempo de um segundo, veja na ilustração.
As frequências sonoras, ao chegarem aos nossos ouvidos, encontram a sensível e resistente membrana do tímpano, para depois poderem ser interpretadas pelo cérebro. Existe uma faixa de frequências que o ouvido humano é capaz de ouvir, elas se situam acima de 20 Hz (infra-sons) e abaixo de 20.000 Hz (ultra-sons). Os apitos de cães parecem não emitir som para os humanos justamente porque suas frequências estão acima dos 20.000 Hz.
Classificamos as frequências em regulares e irregulares. Frequências regulares possuem uma onda sonora ordenada e constante, como, por exemplo, as notas de um instrumento musical. A nota Lá possui 440 hertz, ou seja, se tocarmos em um violão essa nota, a corda vibrará num movimento de vai e vem a uma velocidade de 440 vezes por segundo. Notas musicais têm frequências regulares muito rápidas.
Frequências irregulares não possuem uma onda ordenada e definida, como uma bola quebrando a vidraça. Esse tipo de som é considerado um ruído, mas, apesar disso, muitas formas musicais necessitam dessas frequências. Os sons de uma bateria e de uma caixinha de fósforo, por exemplo, são muito utilizados na música. Você sabe dizer em quais?
Ondas regulares e irregulares pertencem ao mesmo fenômeno físico acústico e são igualmente importantes na música. O nível da intensidade do som, popularmente chamado de volume, é medido em decibéis (dp). Quanto maior o número de db maior o nível de intensidade (maior o volume), aumentando a amplitude da onda sonora, veja abaixo:
Existem leis que regularizam as emissões dos sons em regiões habitadas e aparelhos que medem suas intensidades, pois, a partir de 120 Db o ouvido humano pode sofrer danos irreparáveis. Porém, nem sempre essas leis são cumpridas. Um dos grandes problemas das cidades é a poluição sonora, que pode trazer grandes prejuízos à saúde das pessoas por meio do estresse ou outros distúrbios.
REFERÊNCIAS:
Arte / vários autores. – Curitiba: SEED-PR, 2006. – 336 p