APRENDA A NÃO MENDIGAR MAIS AFETO
Não mendigue mais afeto de ninguém e veja o seu valor!
Para podermos compreender a causa pela qual muitas vezes uma pessoa se submete a mendigar afeto, é necessário pontuar duas coisas muito importantes: o que é a dependência emocional e como desenvolver o amor próprio.
Quando desenvolvemos a inteligência emocional aprendemos a compreender e a controlar melhor certos comportamentos que nos fazem agir de forma inapropriada e a evitar que nos anulemos como sujeito. Confira a seguir o que é dependência emocional e como desenvolver o amor próprio:
DESCUBRA O QUE É DEPENDÊNCIA EMOCIONAL:
Uma pessoa com dependência emocional costuma a ter um apego excessivo em relação ao outro, ou seja, tem uma necessidade maior de atenção e se torna dependente disso para se sentir bem consigo mesma. Em muitos casos, uma pessoa dependente emocional possui uma autoestima baixa o que dificulta que ela compreenda que as pessoas não existem em prol de nos fazer feliz e que isso é uma tarefa que cabe a nós mesmo fazer por nós.
Assista o vídeo sobre a não Mendigar mais Afeto:
Além do nosso emocional equilibrado ser nossa responsabilidade, exigir do outro a responsabilidade de nos fazer felizes e suprir nossas carências, pode provocar complicações a longo prazo, tanto para o dependente quanto para às pessoas que estão ao seu redor e que podem se sentir sufocados em ter que lhe suprir toda essa carência que a pessoa muitas vezes exige dela.
Quando uma pessoa se torna depende emocional de alguém, ela fica estagnada no mesmo lugar o que impede que ela amadureça seu eu interior e desenvolva sua inteligência emocional e autorreflexão para lidar com os problemas e desafios que surgem durante a vida.
A pessoa dependente emocional, muitas vezes não acredita em seu potencial e tem medo de não conseguir conquistar seus próprios objetivos. Dessa forma, muitas até mesmo não elaboram missões de vidas e objetivos para serem alcançados. Acaba que pessoas com essa baixa autoestima vivem exigindo dos outros a responsabilidade de fazê-las felizes e ao mesmo tempo, vivem em prol de viver para os outros ao invés de correr atrás do que lhe faça feliz.
Toda essa atitude é o reflexo de uma insegurança que ronda a mente e que de forma as vezes inconsciente faz com que a pessoa tenha medo de assumir responsabilidades por si mesma. De tomar decisões que causem consequências que a façam sofrer ou se sentir só e sem apoio de alguém.
Nessa vida, temos que ter em mente que muitas decisões devem ser tomadas mesmo que lhe cause sofrimento. Todo esse processo faz parte de uma reflexão do que você considera mais importante e que lhe faz bem mesmo que o bem lhe cause dor e frustação.
Muitas pessoas dependentes emocionais até mesmo confundem a carência que elas têm com o amor. Muitas vezes o medo de ficar só ou não ter uma companhia a faz tomar decisões comprometedoras e se relacionar tanto no campo amoroso quanto nas amizades com pessoas tóxicas.
Escolher qualquer pessoa para apenas suprir sua carência pode ter consequências muito piores que o simples fato do medo da solidão. Podendo acabar em relações e amizades sufocantes que acabam não correspondendo às expectativas e lhe adoecendo ainda mais seu emocional.
Além de confundir a dependência com o amor, geralmente pode acontecer muitas vezes de a pessoa projetar a fantasia de conquistar a felicidade por meio do outro, ou seja, alimentar em sua mente um romance perfeito e que sem ele, seria impossível ser feliz apenas com sua própria companhia.
Um fator muito importante é compreender que faz parte da natureza do ser humano sempre almejar algo e acreditar que aquilo trará felicidade ou paz de espírito, mas a verdade é que por mais que conquistemos determinados objetivos, nossa mente sempre irá projetar um novo objetivo a se alcançar.
Com isso, para lidar com a frustação emocional é importante entender que o ser humano sempre será incompleto. Quando conseguimos entender que o sentimento de vazio por não ter algo que não temos sempre fará parte de nossa existência, fica mais fácil de lidar com a frustação e desenvolver nossa inteligência emocional.
Muitas vezes nem precisamos de algo para ser feliz, mas nossa mente sempre irá focar naquilo que ainda não temos. E se nosso foco fosse em ser feliz pelo que já temos? Ou simplesmente se sentir feliz por ter a oportunidade de viver a cada dia e aprender algo novo?
É necessário exercer a resiliência e entender que devemos buscar nossos objetivos, mas por outro lado, compreender que nem sempre as coisas acontecem como queremos ou na hora que queremos. Que devemos ter calma e sempre elaborar outras formas de superar nossos objetivos.
Pessoas dependentes acabam tendo dificuldades com desafios e acabam até se paralisando em meio a situações desafiadoras. Claro que viver não é uma tarefa fácil para ninguém, mas ser dependente emocional, faz com que a pessoa muitas vezes não consiga refletir por si só sobre seus medos e seus comportamentos que acabam prejudicando sua evolução como pessoa.
Muitas pessoas nem mesmo compreendem que existe um padrão de comportamento em si mesmo que a faz sempre ter o mesmo tipo de problema, ou seja, seu comportamento sempre bate na mesma tecla, e agindo igual, como se pode conquistar algo diferente? Que tal mudar a forma de agir? Acabam se sabotando constantemente repetindo atitudes que lhe fazem mal, anulando a si mesmo e se esquecendo de estabelecer medidas que lhe façam bem.
Muitos acreditam que determinadas regras devem ser seguidas, quando na verdade se trata de um padrão imposto pela sociedade e quando a pessoa não se encaixa nesse padrão sendo ele social, estético ou afetivo, essa pessoa se sente como fora de padrão. Isso leva a pessoas agirem e a aceitarem muitas coisas que lhe fazem mal e as tornam infelizes.
Muitos dependentes emocionais simplesmente desistem de si para agradar os outros e aceitam tratamentos, amizades e relações que não lhe fazem bem só para tentar curar o ego. Entenda que não tem como outra pessoa preencher alguém. Só você mesmo pode fazer isso por você.
Deixar de ser dependente emocional não acontece do dia para a noite. É necessário olhar para dentro de si e se perguntar:
- Por que quero algo?
- Por que sinto falta?
- Do que tenho medo?
- Por que corra atrás de algo que não me faz bem?
- Por que quero alguém que não me quer?
Quando você entende que a vida tem altos e baixos e que você tem que aprender a lidar com isso e que você sempre será sua companhia mais importante, você irá se tratar melhor, cuidar mais de você mesmo, se amar e não permitir que as pessoas ultrapassem os limites.
Muitos têm medo de sofrer. Mas a vida é um sofrimento, tanto que quando nascemos a primeira coisa que fazemos é chorar, ninguém nasce dando risada. Desde o nascimento quando nos desligamos do umbigo da mãe, respiramos sozinhos e por nossa conta.
Viver é um dilema e que causa medo e sofrimento do algo que é desconhecido para nós. Mas quando temos coragem de viver intensamente, aprendemos muito com a vida. Então aprenda a ser uma pessoa equilibrada emocionalmente. Vai ter momentos em que estaremos tristes sim, e em outros felizes… Mas devemos entender que tudo isso faz parte do processo de viver.
CARACTERÍSTICAS DA DEPENDÊNCIA EMOCIONAL:
- Excesso de apego ao outro;
- Baixa autoestima;
- Atitudes Inseguras;
- Carência confundida com amor;
- Projetar fantasias de relacionamento perfeito;
- Falta de resiliência;
- Não estabelecem limites saudáveis para seu bem-estar;
- Não estabelecem projetos e conquistas para sua vida;
- Se sabotam agindo com desprezo em relação a si mesmo;
- Anula seus próprios desejos;
- Não sabem impor limites saudáveis;
- Aceita padrões sociais impostos para ser aceito pelos outros;
- Não se responsabilizam por seus sentimentos achando que isso cabe ao outro fazer por elas;
- Sofrem por medo da solidão ou abandono;
- Correm atrás daquilo que muitas vezes lhe fazem mal.
AMOR PRÓPRIO: COMO DESENVOLVE-LO?
Para se desenvolver o amor próprio é fundamental que você consiga avaliar seu interior e enxergar seus próprios sentimentos. O que te causa medo? Preocupação? Como você se vê? O que você pensa ao seu respeito? Você se valoriza? Você estipula limites?
É fundamental compreender que todo sujeito possui potenciais, qualidade e defeitos e que isso não é diferente no seu caso. Você como todos, possui capacidades, qualidades e defeitos. Quando você entende que possui além dos defeitos as capacidades e qualidades, você entende que não faz sentido se achar inferior em relação aos outros.
Por mais que você não tenha uma qualidade igual ao do outro, você tem algo que o outro não tem. A vida é feita de trocas e compartilhamento, e ao interagir com as pessoas, podemos compartilhar nossas diferenças.
Quando compreendemos que cada pessoa tem o seu valor e você reconhece seus limites, fica mais fácil de desenvolver a inteligência emocional e aumentar o seu amor próprio, aprendendo a se valorizar como sujeito entendendo que cada pessoa possui suas particularidades.
Além de saber reconhecer suas particularidades, é fundamental compreender o reflexo das decisões que tomamos e qual a reação que sentimos. É importante olhar para dentro de nós e avaliar se o que fazemos ou aceitamos em nossa vida nos faz bem. Nem sempre o que queremos nos faz bem. Mas se fomos dependentes emocionais, acabamos aceitando algo que faz mal com medo da consequência de perda, tristeza ou sofrimento por alguma forma.
Muitas vezes para manter nosso bem e o amor próprio é preciso eliminar da vida coisas que queremos, e automaticamente é obvio que isso irá causar sofrimento. Como base iremos tomar o seguinte exemplo:
Imagine um fumante que é totalmente dependente do cigarro mais decide parar por que esse ato está adoecendo seu organismo. Finalmente essa pessoa para de fumar para manter sua saúde preservada. Mas por outro lado, se sente triste; sente abstinência e falta do fumo. Fica frustrado com sua decisão, mas por outro lado ele está praticando o amor próprio cuidando de sua saúde. E o ato do amor próprio não se resume apenas à vícios e sim nas diversas áreas da vida como amizades, trabalhos e relacionamentos.
Muitas vezes para nos amar sofremos sim devido as escolhas necessárias que devemos fazer para melhorar nossa qualidade de vida e priorizar o que realmente nos faz bem de verdade.
Além de cortar coisas tóxicas de nossa vida, o ato de nos amar exige que muitas vezes seja necessário dizer “NÃO”. Parece ser rude e insensível ter que dizer não. Mas muitas vezes nem percebemos todo o processo que ocorre dentro de nossa mente. Automaticamente quando alguém nos pede algo o que pensamos em muitos casos?
Se eu dizer não, a pessoa vai achar que sou ruim; que sou má. Tenho que mostrar que sou uma pessoa legal. Preciso ser vista como alguém que é bom.
Acontece que em muitos casos ao dizer sim por causa desses pensamentos, você passa por cima de suas prioridades, responsabilidades e se sobrecarrega para salvar a pele de outra pessoa. Isso não significa que você não pode ajudar ou fazer favores aos outros. A questão aqui é entender quem nem sempre fazemos algo para ajudar com o sentimento de empatia e sim com o sentimento de ser aceito pelo outro, se preocupando e ser bem visto por causa de sua atitude.
E voltando para o amor próprio novamente, quando compreendemos que não viemos a esse mundo com a missão de agradar ao outro, paramos de ter medo de dizer não e ser mal interpretado pelo outro. Nossas atitudes não podem ser estruturadas no que o outro pensa e sim no que achamos correto em fazer sem ultrapassar nossos limites e nos sobrecarregar.
Outro fator que leva muitas pessoas a dizer sim mesmo não querendo, é o medo do abandono. Quando temos nosso amor próprio e uma inteligência emocional desenvolvida, não tememos perder pessoa ao dizer um não ou ao impor limites. É claro que essa atitude de impor limites e dizer não irá afastar algumas pessoas de sua vida.
Mas quais serão esses tipos de pessoas que se afastaram? Provavelmente será falsas amizades, e pessoas que apenas só querem se beneficiar do que você pode proporcionar a elas. Tendo em mente que ao impor limite e dizer não irá afastar pessoas tóxicas de sua vida, por que afinal ter medo de perder pessoas que não te consideram de verdade? Acaba que muitas vezes o ser humano tem medo de perder pessoas que simplesmente não acrescentam nada em nossa vida.
Mas esse ato de ter medo da perda é um reflexo de um ego mal resolvido. Um desejo em ter a necessidade de agradar o outro.
Quando entendemos que somos um todo independente de ser amados por alguém, a pessoa se liberta da culpa e da necessidade de sempre se preocupar em agradar as pessoas para ser aceita e reconhecida.
Para se exercer o amor próprio se faz necessário respeitar seu eu e cuidar do seu interior. Aprenda a fazer escolhas boas para você, mesmo que isso possa causar um determinado sofrimento ou consequência como já dito anteriormente acima.
Se amar é entender que temos nossos limites e que devemos respeitá-los. Isso se aplica também aos nossos próprios sentimentos, entendendo que vai existir momentos em que não estaremos bem e tudo ok. Não precisamos estar bem a todo momento, a vida tem altos e baixos e ser gentil nessas horas, é uma atitude de amor e compreensão com nós mesmos.
A vida é desafiadora e para viver o amor próprio é necessário sair da zona de conforto e se desafiar. Viver e arcar com a responsabilidade de suas escolhas lhe proporciona seu autodesenvolvimento como pessoa. Se permita amadurecer internamente!
Outro fator importante no amor próprio é entender que cada um é responsável por seus sentimentos e sendo assim, amar ou se relacionar com alguém, é algo que vem para acrescentar em sua vida e não para tampar um buraco que existe em você.
CARACTERÍSTICAS DO AMOR PRÓPRIO:
- Autorreflexão a respeito do seu eu interior;
- Confiança no seu potencial;
- Inteligência emocional desenvolvida;
- Capacidades de perceber suas próprias emoções;
- Compreender sobre as coisas que lhe fazer mal ou bem;
- Saber dizer não;
- Compreender que você é sua melhor companhia;
- Entender que você é um todo independente do amor dos outros;
- Sabe viver em função de si ao invés de viver em função dos outros;
- Não vive para atender as expectativas dos outros;
- Sabe se auto respeitar e cuidar do seu interior;
- Toma medidas que podem ser dolorosas, mas que trará o bem a longo prazo;
- Sabe ser gentil consigo mesmo;
- Sabe arcar com a responsabilidade de seus próprios sentimentos sem transferi-los à terceiros;
- Sabe impor limites;
- Não mendiga afeto;
- Tem coragem de se desafiar;
- Ultrapassa crenças limitantes;
- Não sacrifica sem bem-estar para agradar os outros;
- Corta vínculos tóxicos para manter seu equilíbrio,
- Tem coragem de agir no seu próprio ritmo;
- Não espera reconhecimento dos outros.