A escala é composta por uma sequência de notas contínuas destacadas por tons e semitons. A escala composta por tons e semitons se chama: Diatônica.
Na escala em Modo maior, do III ao IV grau são 1/2 tom e do VII ao VIII são 1/2 tom como no exemplo abaixo:
Estrutura da Escala em Modo Maior
A música é uma forma de arte que utiliza sons organizados no tempo, e uma das suas bases fundamentais é a escala musical. Entre as diversas escalas existentes, a escala maior se destaca por sua relevância na música ocidental. Para entender a estrutura da escala em modo maior, é essencial compreender os conceitos de tons e semitons, além de como eles se organizam dentro da escala diatônica.
Escalas Musicais: Uma Introdução
Uma escala musical é uma sequência de notas organizadas em ordem ascendente ou descendente. Essas notas são destacadas por intervalos específicos que conferem à escala suas características únicas. As escalas podem ser compostas de várias maneiras, mas as mais comuns na música ocidental são as escalas diatônicas e cromáticas.
Tons e Semitons
Os intervalos entre as notas de uma escala podem ser de diferentes tamanhos. Em termos simples, a menor distância entre duas notas consecutivas é chamada de semitom. Por exemplo, na escala cromática, que inclui todas as 12 notas do sistema temperado igual, a distância entre cada nota adjacente é de um semitom. Já um tom completo é composto por dois semitons.
Escala Diatônica
A escala diatônica é aquela composta por uma sequência de tons e semitons que se repetem em um padrão específico. Na música ocidental, existem dois modos diatônicos principais: o modo maior e o modo menor. A escala diatônica no modo maior é a base para a maioria das músicas populares e clássicas.
Estrutura da Escala Maior
A escala maior é composta por sete notas distintas, além da oitava nota que é a repetição da primeira em uma oitava superior. A sequência de intervalos entre as notas de uma escala maior segue o padrão: tom, tom, semitom, tom, tom, tom, semitom.
Intervalos na Escala Maior
Para exemplificar a estrutura da escala maior, consideremos a escala de Dó maior (C maior), que é a mais simples e não possui sustenidos ou bemóis:
- C (Dó)
- D (Ré) – 1 tom acima de C
- E (Mi) – 1 tom acima de D
- F (Fá) – 1 semitom acima de E
- G (Sol) – 1 tom acima de F
- A (Lá) – 1 tom acima de G
- B (Si) – 1 tom acima de A
- C (Dó) – 1 semitom acima de B
Dessa forma, a estrutura da escala de Dó maior segue exatamente o padrão mencionado: tom, tom, semitom, tom, tom, tom, semitom. Vamos analisar mais detalhadamente os intervalos:
- C a D: 1 tom (C – C# – D)
- D a E: 1 tom (D – D# – E)
- E a F: 1 semitom (E – F)
- F a G: 1 tom (F – F# – G)
- G a A: 1 tom (G – G# – A)
- A a B: 1 tom (A – A# – B)
- B a C: 1 semitom (B – C)
Meio-Tons Cruciais
Na estrutura da escala maior, existem dois intervalos de meio-tom que são particularmente importantes. Estes ocorrem entre o terceiro e o quarto graus, e entre o sétimo e o oitavo graus:
- III ao IV grau: Este intervalo é de meio-tom. No exemplo da escala de Dó maior, isso ocorre entre E (Mi) e F (Fá).
- VII ao VIII grau: Este intervalo também é de meio-tom. No exemplo da escala de Dó maior, isso ocorre entre B (Si) e C (Dó).
Esses meio-tons desempenham um papel crucial na definição do caráter da escala maior, contribuindo para a sensação de resolução que a música em modo maior frequentemente transmite.
Escalas Maiores em Diferentes Tonalidades
Embora a escala de Dó maior seja a mais simples de visualizar, o mesmo padrão de intervalos se aplica a todas as escalas maiores, independentemente da tonalidade. Vamos explorar algumas outras escalas maiores para ilustrar como esse padrão de intervalos se mantém constante.
Escala de Sol Maior (G Maior)
A escala de Sol maior é uma das escalas maiores mais comuns e inclui um sustenido:
- G (Sol)
- A (Lá) – 1 tom acima de G
- B (Si) – 1 tom acima de A
- C (Dó) – 1 semitom acima de B
- D (Ré) – 1 tom acima de C
- E (Mi) – 1 tom acima de D
- F# (Fá sustenido) – 1 tom acima de E
- G (Sol) – 1 semitom acima de F#
Escala de Ré Maior (D Maior)
A escala de Ré maior inclui dois sustenidos:
- D (Ré)
- E (Mi) – 1 tom acima de D
- F# (Fá sustenido) – 1 tom acima de E
- G (Sol) – 1 semitom acima de F#
- A (Lá) – 1 tom acima de G
- B (Si) – 1 tom acima de A
- C# (Dó sustenido) – 1 tom acima de B
- D (Ré) – 1 semitom acima de C#
Escala de Lá Maior (A Maior)
A escala de Lá maior inclui três sustenidos:
- A (Lá)
- B (Si) – 1 tom acima de A
- C# (Dó sustenido) – 1 tom acima de B
- D (Ré) – 1 semitom acima de C#
- E (Mi) – 1 tom acima de D
- F# (Fá sustenido) – 1 tom acima de E
- G# (Sol sustenido) – 1 tom acima de F#
- A (Lá) – 1 semitom acima de G#
Em todas essas escalas, o padrão de intervalos (tom, tom, semitom, tom, tom, tom, semitom) é mantido, garantindo a consistência da estrutura da escala maior.
Funções dos Graus na Escala Maior
Cada nota dentro de uma escala tem uma função específica que contribui para a harmonia e a melodia. Na escala maior, essas funções são designadas por graus, numerados de I a VIII (ou I novamente na oitava superior). Cada grau tem um nome e uma função característica:
- Tônica (I): A nota fundamental da escala. É o ponto de repouso e resolução.
- Supertônica (II): Um passo acima da tônica, frequentemente usado como nota de passagem.
- Medianta (III): A meio caminho entre a tônica e a dominante, define se a escala é maior ou menor.
- Subdominante (IV): Quatro graus acima da tônica, prepara para a dominante.
- Dominante (V): A quinta nota, possui uma forte tendência a resolver na tônica.
- Submedianta (VI): Entre a subdominante e a tônica na oitava superior, importante em modulações.
- Sensível (VII): Um semitom abaixo da tônica, cria uma tensão que pede resolução.
- Tônica (VIII): Repetição da tônica na oitava superior, completando o ciclo.
Importância da Tônica, Dominante e Subdominante
As notas tônica, dominante e subdominante são especialmente importantes na estrutura harmônica da música ocidental. A tônica (I) serve como ponto de partida e chegada, a dominante (V) cria tensão que é resolvida pela tônica, e a subdominante (IV) prepara a transição para a dominante.
Aplicações Práticas
A compreensão da escala maior é fundamental para a composição e interpretação musical. Compositores e músicos utilizam essa estrutura para criar melodias, harmonias e progressões de acordes que são a base de muitas peças musicais.
Progressões de Acordes
As progressões de acordes em uma tonalidade maior frequentemente utilizam os graus I, IV e V devido às suas funções harmônicas fortes. Uma progressão comum é a I-IV-V-I, que cria uma sensação de movimento e resolução.
Melodias
As melodias em modo maior frequentemente enfatizam as notas da tônica, dominante e sensível, utilizando os graus intermediários para criar interesse e variação. As escalas maiores são usadas em uma ampla variedade de gêneros musicais, desde a música clássica até o pop e o jazz.
Variedades de Escalas Maiores
Embora a escala maior padrão seja a mais comum, existem variações e modos derivados que utilizam a mesma estrutura básica com alterações em alguns intervalos. Entre esses modos estão o Lídio e o Mixolídio.
Modo Lídio
O modo Lídio é semelhante à escala maior, mas com um quarto grau elevado (aumentado). Por exemplo, a escala de Dó Lídio seria:
- C (Dó)
- D (Ré)
- E (Mi)
- F# (Fá sustenido)
- G (Sol)
- A (Lá)
- B (Si)
- C (Dó)
Modo Mixolídio
O modo Mixolídio é semelhante à escala maior, mas com um sétimo grau rebaixado (menor). Por exemplo, a escala de Dó Mixolídio seria:
- C (Dó)
- D (Ré)
- E (Mi)
- F (Fá)
- G (Sol)
- A (Lá)
- Bb (Si bemol)
- C (Dó)
Esses modos são usados para criar diferentes atmosferas e sensações nas composições.