Confira todos os objetivos do Jogo Trilha dos Sabores:
a) Aprendizagem: Desenvolver noções de orientação espacial e de deslocamento; desenvolver noções com números decimais; reconhecer e comparar números naturais; realizar contagens; favorecer a construção do número, as ideias de agrupamento e desagrupamento, bem como as estimativas; vivenciar situações envolvendo medida de valor monetário; realizar contagens e adições de valores monetários.
Assista ao Vídeo sobre o Jogo caixa de Letras:
b) Material:
– 1 tabuleiro médio com trilhas (em alguns espaços da trilha existem elementos surpresa, tais como: passe a vez, fique onde está, retorne 2 passos para a esquerda, você ganhou 3 reais, entre outros) Obs.: O professor poderá desenhar esse tabuleiro em uma folha de papel maior (bobina, craft ou pardo)
– 1 dado colorido com comandos de deslocamento espacial (direita, esquerda, para frente, para trás)
– 1 dado colorido com comandos de deslocamento em passos (1 passo, dois passos, etc.)
– dinheirinho (cédulas e moedas)
– 2 ou 4 marcadores em formato de tartaruga
– 15 fichas com desenho de alimentos
– folhas de papel para registro
c) Número de jogadores: 2 a 4 participantes.
d) Regras:
– Iniciar, organizando as fichas no tabuleiro, distribuindo-as nos espaços vazios e, depois, posicionando cada tartaruga no ponto de partida.
– As crianças devem decidir quem começa a lançar os dados.
– De acordo com as indicações que saírem nos dados, cada criança, na sua vez, move sua tartaruga no tabuleiro.
– À medida que cada tartaruga para no espaço da trilha que contém algum alimento, come-o e troca-o pelo valor em dinheiro. O valor correspondente aparece no verso da ficha com desenho de alimento.
– Caso a tartaruga pare no espaço onde esteja o elemento surpresa, o jogador deverá executar o que está sendo pedido.
– O jogo termina quando, no tabuleiro, não houver nenhuma ficha com desenho de alimentos.
– Ganha o jogo quem conseguir adquirir o maior valor em dinheiro.
Variações:
1) Montar no espaço da sala de aula ou do pátio um tabuleiro gigante do jogo, no qual algumas crianças podem ser as tartarugas e outra o juiz, outras os jogadores e as demais serão as observadoras. Depois disso, discutir com os alunos sobre a diferença em jogar com o tabuleiro pequeno e com o “gigante”.
2) Brincar de caça ao tesouro a partir de orientações de deslocamento, utilizando setas e palavras, por exemplo.
e) Problematizando:
Durante o jogo, é importante que o professor considere, observe e problematize as estratégias que estão sendo utilizadas pelas crianças: se elas retomam e utilizam conhecimentos do cotidiano; como fazem a movimentação das peças no tabuleiro; como se orientam no espaço do tabuleiro; como contam o dinheirinho; quais e como são os registros orais e escritos utilizados pelas crianças; entre outras.
Após as jogadas, o professor pode incentivar as crianças a falarem sobre como foi o jogo, resgatando as questões pontuadas no item anterior, a fim de entender o jogar das crianças. Pode ser solicitado às crianças que elaborem critérios e classifiquem os alimentos segundo esses critérios.
Outro aspecto a ser observado é em relação aos valores monetários de cada um dos alimentos, a fim de verificar se as crianças estabelecem comparação entre os valores, que podem ser organizados em ordem crescente ou decrescente: Qual alimento é mais barato? Qual alimento é mais caro? Ao trabalhar com as informações obtidas no jogo, é possível elaborar um gráfico de barras (ou colunas) utilizando as fichas com desenhos de alimentos, de acordo com um critério definido pela turma, colocando-as de modo a compor o gráfico.
Um possível critério é: laticínios, cereais, frutas, legumes e verduras. No acervo da escola, o professor pode encontrar o livro “Balas, bombons, caramelos”, de Ana Maria Machado, que trata especificamente dos hábitos alimentares inadequados, podendo utilizá-lo para ampliar o trabalho com os aspectos relacionados à alimentação.
É importante também resgatar o registro escrito da atividade de cada criança, utilizando um quadro, como o representado a seguir.
Este quadro pode ser adaptado conforme a faixa etária das crianças, permitindo resgatar o passo a passo do jogo. Ao realizar o registro, a criança constrói novas relações com o conhecimento, assimila, compartilha ideias com os colegas, faz comparações, estimativas, entre outros.
E, por meio dos registros da criança, o professor pode desenvolver várias atividades, resgatando a contagem, a relação número/quantidade, a comparação de quantidades e valores. Nesse tipo de jogo, a criança retoma o reconhecimento do seu corpo como referencial de localização no espaço, desenvolvendo noções de orientação espacial ao decidir como fará para movimentar as peças, estabelecendo pontos de referência e sentido, indicações de posição, entre outros.
Desse modo, nota-se a importância de incentivar e instigar a criança por meio de observações e experiências, a fim de descobrir seus limites e potencialidades no que diz respeito à orientação corporal e espacial.
Quando tratamos da aprendizagem relacionada à contagem por meio da exploração, seja do corpo, seja do manuseio de recursos, tais como: cacarecos, figuras, objetos que resgatam as representações lúdicas e do contexto sociocultural como o dinheirinho e as moedas, cabe destacar as diversas elaborações realizadas pelas crianças, seja por meio do reconhecimento, da comparação, da construção do número, das ideias de agrupar e desagrupar, por meio das estimativas também em grandes coleções.
O manuseio do dinheirinho possibilita, não só, que a criança reconheça as cédulas ou moedas, mas também, que ela possa separá-las, agrupá-las, realizando contagens com quantidades maiores, avançando para a relação de valor, procurando entender o significado e o valor das cédulas e moedas.
Fonte:
Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa: Jogos na Alfabetização Matemática / Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, Diretoria de Apoio à Gestão Educacional. – Brasília: MEC, SEB, 2014.
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