O texto de Dirce Aparecida Foletto de Moraes, fala a respeito do instrumento avaliativo que infelizmente tem sido usado como uma ferramenta excludente e classificatória. A prova (avaliação) antes de tudo, serve para fazer um diagnóstico (analisar) o que o aluno compreendeu a respeito dos conteúdos passados em sala, o que sabe e quais são suas dúvidas existentes.
A avaliação tem sido usada até os dias de hoje, para promover dentre os sujeitos, quem sabe mais sobre um determinado assunto, quem merece ser classificado como aprovado, deixando de lado o diagnóstico e a preocupação em saber onde o aluno tem dificuldade e como sanar suas dúvidas.
A avaliação é uma ferramenta que ajuda ao professor, avaliar a situação pedagógica do aluno, e em cima disso, propor métodos alternativos para ajudar em sua evolução, e não para simplesmente classifica-los como um bom ou um aluno ruim.
O exame (prova), não é a única forma de avaliar o aluno. Existem inúmeras possibilidades de sondar e descobrir o que o sujeito sabe ou quais as dificuldades que ele apresenta. Se cada educando possui um estilo de aprendizagem diferente, isso significa que as formas de expressar seus conhecimentos também variam.
Muitas vezes o aluno terá dificuldade em uma prova objetiva, mas em uma dissertação ele é capaz de se expressar melhor, ou até mesmo em outras metodologias dependendo do aluno em questão. Cabe ao professor abrir espaço para as diversas formas de expressão que permita ao aluno, expressar-se e expor os seus conhecimentos.
Além da avaliação ter um objetivo classificatório nos dias de hoje, ela também é usada como um objeto que demonstra para a sociedade, pais e para o sistema de educação resultados, qualidade e a efetividade do ensino desenvolvido pelo professor. Outro fator importante pela qual a escola aplica a avaliação (prova), é fazer com que se mantenha a ordem, disciplina e autoridade, fazendo com que os alunos sejam obrigados a estudar.
Quando um professor usa uma avaliação simplesmente para coletar resultados, ele simplesmente classifica o aluno, lança as notas no diário e independente do resultado da sala ter sido ruim, o professor inicia um novo bimestre, com novos conteúdos, sem se importar em retomar os conteúdos que não foram compreendidos pelos alunos.
Em relação à elaboração da prova, o professor deve ter em mente que, ele deve se questionar a respeito da atividade proposta; o que ele pretende saber; o que ele deseja saber com aquelas questões; o que o aluno deve demonstrar?
É importante que o professor elabore boas perguntas e que elas possibilitem ao aluno dar boas respostas. As questões devem se apresentar de forma clara e de fácil compreensão. Existem muitos educadores que sentem prazer em dificultar a compreensão dos alunos no enunciado, colocando pegadinhas para dificultar os alunos em suas respostas.
O conteúdo das avaliações (provas), devem ser os conteúdos que foram vistos em sala de aula, pois há educadores que quando percebem que os alunos sabem o conteúdo, eles colocam na prova, conteúdos desconhecidos que não foram aplicados em sala de aula, para que eles sejam incapazes de conseguir se sair bem no teste. Existe de certa forma um certo prazer em alguns educadores em dificultar o desempenho do aluno no teste.
Podemos perceber que existem várias visões a respeito da avaliação e propósitos diferentes. O professor deve assumir um papel de companheirismo e cumplicidade, caminhando lado a lado com o aluno, mediando o conhecimento e ajudando o aluno a sanar suas dúvidas e a vencer seus obstáculos.
Veja Também:
Resumo Prova instrumento avaliativo a serviço da regulação do ensino e da aprendizagem Referências:
MORAES, D. A. F. Publicado na revista Estudos de Avaliação Educacional, da Fundação Carlos Chagas. 2001
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