Período Pombalino (1750-1777)

Período Pombalino (1750-1777)Saiba tudo sobre o Período Pombalino (1750-1777):

No tópico anterior, vimos que os padres da Companhia de Jesus vieram de Portugal, liderados pelo padre Manoel da Nóbrega, e tornaram-se os precursores da educação escolar brasileira, a partir de 1549. Através do Plano de Estudos Ratio Studiorum, ensinavam aos descendentes da elite colonizadora. Os jesuítas foram responsáveis pela criação de vários colégios e seminários, mantiveram esta hegemonia durante duzentos e dez anos e foram expulsos do Brasil em 1759, pelo Marquês de Pombal.

O século XVIII teve a Inglaterra como centro da política e economia internacional, responsável pela Revolução Industrial e consequente ascensão do capitalismo em contraposição à nobreza e ao regime absolutista. À época, desencadearam-se novas formas de pensar, entre elas o Iluminismo (Ilustração ou Filosofia das Luzes), movimento típico da segunda metade do século XVIII, que defendia valores fundamentais da classe burguesa: igualdade jurídica, tolerância religiosa ou filosófica, liberdade pessoal e social e propriedade privada.

Muitos estudiosos contribuíram e defenderam este ideal filosófico, entre eles Voltaire, Diderot, D’Alembert, Adam Smith, Immanuel Kant. O Iluminismo também foi adotado pelos reis da Prússia, Áustria, Rússia, Portugal e Espanha, que aspiravam ao progresso e melhoria da qualidade da vida humana, através do desenvolvimento da razão, da ciência (química, física e matemática) e da tecnologia. Estes monarcas ficaram conhecidos como déspotas esclarecidos, por terem optado por reformas modernizadoras.

  1. José I e seu ministro, Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal, foram os representantes do despotismo esclarecido em Portugal. O período pombalino coincidiu com a época da decadência da mineração. Este fato abalou politicamente a metrópole, que buscou, através das Reformas Pombalinas, o fortalecimento do Estado e a autonomia econômica, diminuindo a influência da nobreza e principalmente dos jesuítas (expulsos de Portugal e de todas as colônias em 1759).

No Brasil, as reformas foram entendidas como tentativas de apaziguar movimentos e revoltas contra o colonialismo, tais como: Revolta de Beckman (Maranhão, 1684), Guerra dos Emboabas (Minas Gerais, 1709), Quilombo dos Palmares (Alagoas, 1630-1694) e Guerra dos Mascates (Pernambuco, 1709-1711).

A tentativa de transformar Portugal numa metrópole capitalista, assim como a Inglaterra, através das Reformas Pombalinas, não obteve sucesso. Houve, inclusive, nesta ocasião, um movimento de protesto contra o pombalismo denominado de “Viradeira”, que visava o retorno ao modelo tradicional de governabilidade.

A fragilidade social, política e econômica de Portugal eram evidenciadas através das inúmeras crises internas e esta situação propiciou a invasão do país pelas tropas francesas, em 1807, lideradas por Napoleão Bonaparte. Então a família real e a corte foram obrigadas a se refugiar no Brasil, fato que gerou uma série de modificações nesta colônia.

Título : História da Educação no Brasil

Autor : Josimeire Medeiros Silveira de Melo

Fonte: História da Educação no Brasil / Josimeire Medeiros Silveira de Melo; Coordenação Cassandra Ribeiro Joye. – 2 ed. Fortaleza: UAB/IFCE, 2012.

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