A matriz instrucional é um instrumento de planejamento por meio do qual se faz o detalhamento dos objetivos, recursos e ferramentas das atividades dinâmicas e complexas de aprendizado. A matriz permite uma visualização geral e clara entre os diversos objetos envolvidos no desenvolvimento da aula, disciplina ou curso e garante a correta comunicação das tarefas e dos recursos requeridos em cada uma das etapas.
O planejamento sistematizado por meio de matriz instrucional deve iniciar com um cabeçalho para a identificação do curso, disciplina entre outros dados. No caso do planejamento para disciplinas de cursos de graduação da UFSC é necessário que este cabeçalho de identificação inclua os seguintes dados:
◼ Brasão da UFSC de acordo com o Manual de Identidade Visual da Instituição (UFSC, 2007);
◼ nome do Centro de Ensino e do Departamento;
◼ código e nome da disciplina; se é obrigatória ou optativa;
◼ nome e e-mail do professor;
◼ carga horária total da disciplina; e
◼ período letivo de realização.
Já a estruturação da matriz instrucional requer basicamente:
TÓPICO/TEMA E CARGA HORÁRIA:
Definição dos tópicos temas principais referentes aos conteúdos que serão abordados nas aulas, bem como a carga horária prevista para o estudo de cada tópico, considerando todas as atividades propostas aos estudantes, como leituras, vídeos, tarefas, participação em fórum e em webconferência etc.
CONTEÚDOS:
Descrição dos conteúdos relacionados aos tópicos/temas que contribuirão para que o estudante atinja os objetivos de aprendizagem.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Expressam as metas de aprendizagem a serem alcançadas no processo de ensino e aprendizagem, apontando o que os estudantes devem ter aprendido ao final do período da disciplina sobre os conteúdos previstos. De acordo com Tavares (2011) os objetivos devem definir com clareza o que se pretende com o processo de ensino e aprendizagem, porque eles antecipam resultados e processos esperados do trabalho conjunto do docente e dos estudantes.
É imprescindível definir os objetivos de aprendizagem com base no conteúdo programático como fundamento para a definição dos demais componentes didáticos. Os objetivos devem ser redigidos com clareza e iniciados com um verbo no infinitivo. Deve haver coerência entre os objetivos específicos e o objetivo geral, bem como entre os objetivos e os demais componentes do planejamento pedagógico.
Os objetivos de aprendizagem abrangem:
Objetivo geral
É o objetivo mais amplo do processo de ensino e aprendizagem e refere-se à meta de aprendizagem/de ensino a ser alcançada no final do curso ou disciplina. No caso da UFSC, o objetivo geral é definido no plano de ensino.
Objetivos específicos
São objetivos que se referem às metas de curto prazo para a aprendizagem dos conteúdos programáticos. Expressam as expectativas em relação à aprendizagem dos estudantes no decorrer da disciplina ou do curso para que alcancem o objetivo geral. Na matriz instrucional define-se os objetivos específicos de aprendizagem.
RECURSOS DIDÁTICOS:
São os recursos que serão utilizados para a apresentação dos conteúdos e se constituem em materiais de estudo disponibilizados aos estudantes por meio do ambiente virtual de aprendizagem (Plataforma Moodle). Por exemplo, textos em PDF, vídeos, podcasts etc. No capítulo 3, intitulado “Recursos Tecnológicos de Aprendizagem”, são apresentadas diversas opções de ferramentas para criação de recursos didáticos que podem ser usados no ensino não presencial.
Os recursos didáticos incluídos no planejamento como materiais de estudo para os estudantes podem ser de autoria do docente, como também podem ser recursos educacionais abertos ou de autoria de terceiros, obtidos por meio de curadoria, ou seja, selecionados cuidadosamente pelo docente, considerando os objetivos educacionais definidos, os conteúdos a serem abordados e as necessidades de aprendizagem do público-alvo (os estudantes) como critérios para a seleção. No caso de recursos criados por terceiros, é indispensável identificar o autor considerando os direitos autorais, conforme explanado no capítulo 5.
ATIVIDADES E ESTRATÉGIAS DE INTERAÇÃO:
As atividades a serem realizadas pelos estudantes para a promoção da aprendizagem ao longo da disciplina devem estar previstas no planejamento e disponibilizadas pelo docente no Moodle, juntamente com as estratégias e possibilidades de interação, por meio de diferentes recursos. Entre os recursos tecnológicos apresentados no capítulo 3 constam também ferramentas que propiciam a interação entre docentes e estudantes para o ensino não presencial. Confira no final deste capítulo sugestões e exemplos para elaborar as atividades.
AVALIAÇÃO E FEEDBACK:
Os critérios e os meios de avaliação devem ser definidos com base, principalmente, na concepção pedagógica a qual o ensino está embasado e nos objetivos de aprendizagem previstos no planejamento. Os critérios de avaliação definidos de forma clara e coerente com os objetivos possibilitam ao docente verificar até que ponto o ensino tem alcançado as metas previstas no planejamento e informam aos estudantes sobre as expectativas em relação ao processo de aprendizagem, além de explicitar as formas pelas quais os estudantes receberão feedback sobre os resultados alcançados em relação à aprendizagem.
FONTE:
Cartilha do docente para atividades pedagógicas não presenciais [recurso eletrônico] / autores, Denise Mesquita Corrêa … [et al.] ; organização e edição, Luciano Patrício Souza de Castro. – Florianópolis : SEAD/UFSC, 2020.
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