Aprenda a como lidar com um relacionamento controlador:
Entenda os fatores que fazem com que o parceiro (a) seja controlador (a):
Para que uma relação seja controladora é importante entender que existem diversos fatores que fazem com que a pessoa se comporte dessa forma. A pessoa que controla a relação pode ter alguns problemas de autoestima, inteligência emocional ou até mesmo algum tipo de transtorno de personalidade dentre outros.
Geralmente, uma pessoa que gosta de controlar costuma a criticar muito o parceiro (a) na relação e achar que tudo o que faz, faz melhor do que você. Entenda que muitas vezes este comportamento está ligado ao fato de que essa pessoa tem a necessidade de se sentir melhor e com isso, precisa sempre rebaixar o outro constantemente.
O parceiro (a) e o isolamento:
Outro fator muito presente em um relacionamento controlador é que a pessoa controladora tenta isolar o parceiro (a) como se fosse sua propriedade. Esse comportamento fala e demonstra muito uma insegurança e medo da perda, ou seja, a pessoa acha que se isolar o outro ele (a) não irá correr o risco de perder o outro.
Esse comportamento deixa muito evidente que a pessoa que tenta isolar o outro tem literalmente pavor do abandono e essa pessoa acaba criando mecanismos de defesas até mesmo inconscientes para tentar se proteger de algo que ele acredita ser uma ameaça à sua segurança.
Ciúmes constantes e sem fundamento:
Além de criticar e tentar isolar a pessoa, os parceiros (as) controladores (as) demonstram sinais de ciúmes desnecessários e sem fundamentos reais tirando a privacidade do outro e limitando a relação de forma condicional impondo limites e regras que vão contra os princípios saudáveis de uma relação.
Essa relação acaba se tornando cheia de ameaças por parte do controlador (a) com o intuito de fazer a vítima se sentir muitas vezes culpada e acreditar que ela (e) deve se submeter a todas as regras impostas, e tudo isso por que o controlador (a) precisa se sentir seguro (a) e para isso, ele (a) cria formas para que você se torne dependente dele (a).
Viver em uma relação controladora é algo que se torna desgastante e muitos acham que esses comportamentos são normais e fazem parte de uma relação. Em outras palavras, muitos se acostumam a viver em uma relação ruim e não se impõem na relação.
APRENDA A IMPOR LIMITES NOS RELACIONAMENTOS E MANTER SUA SAÚDE EMOCIONAL:
Muitas vezes quando entramos em um relacionamento não conseguimos compreender qual a forma correta de se comportar e até mesmo a forma como o outro deve se comportar conosco. Não que exista um modelo de comportamento e uma regra de conduta, mas existem alguns fatores que fazem com que os relacionamentos se tornem abusivos e que prejudiquem uma das partes ou até mesmo ambas.
Então vamos a alguns pontos importantes para que você saiba a impor limites na relação para que você preserve seu eu e sua autoestima.
Entenda que mesmo que ambos estejam em uma relação, cada um tem sua vida própria:
Muitas pessoas acham que quando se entra em um relacionamento, uma pessoa vira posse da outra e vice-versa. A questão é que cada pessoa tem sua vida própria, suas amizades, gostos, preferências.
Entrar em um relacionamento não significa deixar de existir para o mundo ou se anular. Muitos acabam deixando de ser quem eram, se modificando ou se misturando ao outro. É comum que o convívio faça com que ambos peguem costumes do outro, mas deixar de ser ou escolher as coisas que gosta, ou tentar controlar os desejos do outro não é correto.
Quando um dos lados começa a exigir do outro mudanças de eu, isso é um alerta muito importante. Se pergunte por que essa pessoa quer que eu mude? Entenda que a pessoa que se relaciona com você deve te aceitar como é, tanto que quando a pessoa te conhece ela se apaixona pelo que você é. Claro que com o tempo vamos conhecendo a pessoa mais a fundo.
Mas o ponto importante é entender que existem certas mudanças que não podemos fazer por que isso vai contra nossos princípios, ou seja, se a mudança que o outro exige vai contra seus princípios e te fere, então é bom repensar sobre essa relação.
O relacionamento é feito de EU, VOCÊ e NÓS:
Continuando o tópico anterior, quando nos relacionamos com alguém temos que ter em mente que existem coisas que fazem parte do EU, outras do OUTRO e do NÓS, ou seja, mesmo que eu me relacione eu continuo tendo minha vida, minhas opiniões, amizades, hobbys, e minha privacidade como pessoa.
Da mesma forma que gostamos que a pessoa confie em nós, é importante que façamos o mesmo. Muitos querem preservar sua privacidade, amizade e hobbys, mas não permite que o outro faça o mesmo. E se no caso você respeita isso, mas o parceiro (a) não, fique alerta. Entenda que pessoas que sufocam o parceiro (a) e não compreendem que o outro tem vida própria, se tratam de pessoas controladoras.
Pessoas controladoras sofrem de um problema de confiança e segurança mesmo que o outro não lhe dê motivos para desconfiança. O que acontece é que muitas vezes a pessoa tem medo de perder o outro e isso geralmente está sempre ligado a baixa autoestima que a pessoa possui. Por que cá entre nós, quando a pessoa reconhece seu valor e tem confiança em si, ela não fica com medo e nem tem a necessidade de ficar controlando a vida do outro.
Analise se a relação tem jogo de cintura e se ambos cedem nessa relação:
Em uma relação como já foi dito existe o EU, VOCÊ e o NÓS, sendo assim quando se trata do nós e decisões tomadas juntas é importante haver o jogo de cintura. É necessário avaliar se nas decisões tomadas ambos sabem ser flexíveis, ou seja, ora um abre mão de algo e ora outro abre mão de algo.
É importante avaliar se um dos lados nunca abre mão e sempre quer impor as decisões sem se preocupar com a opinião do outro. Quando isso acontece gera conflitos na relação e até mesmo desgaste emocional. Quando só um lado se preocupa em fazer dar certo, acaba que um lado se sobrecarrega e com isso fica claro que só um dos parceiros se preocupa em manter equilíbrio na relação demonstrando preocupação em fazer dar certo.
Além de abrir mão de algumas coisas para dizer sim ou decidir algo em parceria, é importante saber equilibrar o sim e o não na relação. Saber impor limites não se trata apenas também de dizer não a todo momento e sim saber avaliar a situação equilibrando os momentos de dizer sim e dizer não quando algo realmente vai contra seus princípios.
Todos esses fatores fazem parte dos limites saudáveis que ocorrem mantendo-se um diálogo saudável entre os parceiros na relação. Muitas coisas na relação podem ser resolvidas a partir de um diálogo saudável, pois é fundamental compreender que em uma relação nem sempre ambos irão querer as mesmas coisas, ou ter os mesmos gostos. E é completamente normal existir diferenças de gosto na relação. O que faz dar certo é justamente quando ambos conseguem respeitar as decisões e diferenças do outro.
Não tenha medo do abandono por ser quem você é:
Em muitos casos na relação, uma das partes ou ambas as partes apresentam medo de se apresentar da forma como realmente são. Isso faz com que a pessoa acabe se anulando na relação com medo do que o parceiro irá achar. Essa atitude revela o medo da perda caso o outro o não aceite como ele (a) realmente é.
Essa postura de medo da perda, faz com que muitas vezes a pessoa assuma um papel que não condiz com o seu verdadeiro eu, tudo isso por conta do medo da possível falta de aceitação por parte da outra pessoa. Esse comportamento a longo prazo se torna cansativo e mina a energia da pessoa fazendo com que ela perca sua própria identidade e deixando de impor limites saudáveis na relação.
Essa atitude de tentar agradar e ser o que o outro deseja, revela uma baixa autoestima e a falta de confiança em si mesmo (a). Para que uma relação seja saudável é importante que ambos no relacionamento sejam transparentes e sinceros pois, não impor limites cria no inconsciente da pessoa que ela não lhe deve respeito. Respeito é uma coisa que se demonstra e para isso, é necessário ser autêntico.
Ter coragem de expor os sentimentos e como se sente na relação é uma forma de estabelecer limites também. Muitos casais têm medo de se abrir e expor seus sentimentos. Expor sentimentos para muitos é o mesmo que se desarmar e ficar vulnerável ao outro. Mas expor seus sentimentos na relação faz parte da entrega e ao contrário do que se pensa não é fraqueza, e sim coragem.
Não permita que o outro te rebaixe e faça você duvidar do seu valor:
Como já foi dito, existem muitas relações em que o parceiro (a) tenta moldar os comportamentos do outro. Além disso, existem relacionamentos em que existe atitudes que rebaixam o parceiro (a). Esse comportamento gera a dúvida muitas vezes de si e de suas capacidades. Mas é importante compreender que a relação serve para acrescentar e incentivar e nunca para colocar o outro para baixo.
Nunca permita que o outro te coloque pra baixo. Se isso acontece com você, converse sério com essa pessoa, mas de forma pacífica e tente entender o motivo dessa atitude. Seja claro em seus sentimentos e sincero em dizer que não gostou do que a pessoa fez.
Existem casos e situações que podem ser revertidos e as atitudes dependendo da situação podem mudar, mas para isso é fundamental que haja o diálogo na relação para que as coisas possam fluir. Agora se nessa relação a pessoa não aceita conversar e nem quer ouvir o que você tem a dizer, é melhor se perguntar qual é o seu papel nessa relação.
Pois ouvir ofensas se torna uma forma de agressão verbal e não poder expor seus sentimentos e não ser ouvido (a) implicam na preservação da saúde mental. O relacionamento é formado por desafios a dois, e é claro que existirá turbulências. O que difere os desafios de uma relação saudável é colocar a balança se você realmente se sente feliz na relação, se você pode ser você mesmo e se você não se sente diminuído.
É fundamental olhar para dentro de si e se perguntar se você se sente no lugar certo, se você se sente acolhido e se você tem parceria e compreensão por parte do outro.
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