Apesar das modificações realizadas durante a estadia de D. João VI no Brasil, ainda não havia necessidade de organizar de maneira mais sistemática o ensino escolar brasileiro. No entanto, o período se caracterizou por medidas e atividades isoladas. Vejamos algumas delas. Foram criados os primeiros cursos superiores no Brasil: Cursos de Economia (1808), Matemática Superior (1809), Agricultura (1812), Química (1817), História (1817) e Desenho Técnico (1818).
Houve um evidente rompimento com a educação jesuítica, que defendia a retórica. A preocupação central daquele momento era o desenvolvimento de conhecimentos científicos, voltados para as necessidades locais. Esta situação ocorreu porque o Brasil herdou de Portugal as dívidas contraídas com a Inglaterra. Esta dependência econômica criou a necessidade de formação de quadros técnicos administrativos novos, que atendessem às exigências do mercado europeu.
As escolas primárias continuavam, entretanto, desempenhando apenas função de ensinar a ler e escrever. O ensino secundário, por sua vez, permaneceu com a estrutura de Aulas Régias. A educação escolar continuou sendo praticada de forma fragmentada, desprovida de estrutura organizacional. Este problema constituiu-se uma das lutas da nova classe dirigente (latifundiários e grandes comerciantes), que estava emergindo no Brasil, responsável pela luta em favor da emancipação política brasileira.
Complemento
O NOME DA ROSA (1986, Itália/França/Alemanha, direção: Jean-Jacques Annaud) Baseado no livro O nome da rosa, do pensador italiano Umberto Eco. Drama. Trata da influência da Igreja Católica e relações de poder na Europa, no século XIII. Estranhas mortes começam a ocorrer num mosteiro beneditino localizado na Itália durante a Baixa Idade Média.
Um monge franciscano (Sean Conery) é encarregado de descobrir este mistério, instalando o tribunal da santa inquisição. A Baixa Idade Média (século XI ao XV) caracteriza-se pelo fim do feudalismo e ascensão do capitalismo na Europa Ocidental.
Esta mudança de paradigma é resultante de transformações sociais (surgimento da burguesia), econômicas (intensificação das relações comerciais), política (formação das monarquias nacionais representadas pelos reis absolutistas) e religiosas (início do movimento denominado Protestantismo, desencadeado por Martinho Lutero).
A expressão “O nome da Rosa” foi usada na Idade Média significando o infinito poder das palavras (mesmo sem ver o objeto, temos a capacidade de saber do que se trata). O MONGE E A FILHA DO CARRASCO (1995, Brasil, direção: Walter Lima Junior) Drama baseado no livro The Monk and the Hangman’s Daughter, de Ambrose Bierce.
A história se desenvolve numa cidade indefinida, no século XVIII. Retrata as formas de pensar e agir da época, justificadas pelos dogmas religiosos. Uma jovem é tratada pela comunidade, de forma preconceituosa, porque é filha do carrasco local.
CARLOTA JOAQUINA, PRINCESA DO BRAZIL (1995, Brasil, direção: Carla Camurati) Com o gênero Comédia – história, trata de forma bem humorada a vida da rainha portuguesa e princesa do Brasil, Carlota Joaquina (Marieta Severo).
Retrata a situação política, econômica, social e cultural da época, destacando as relações entre colonizadores e colonizados. Merece destaque a interpretação do ator Marco Nanini, como D. João VI. Este foi o primeiro filme dirigido por Carla Camurati.
Título : História da Educação no Brasil
Autor : Josimeire Medeiros Silveira de Melo
Fonte: História da Educação no Brasil / Josimeire Medeiros Silveira de Melo; Coordenação Cassandra Ribeiro Joye. – 2 ed. Fortaleza: UAB/IFCE, 2012.
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Muito interessante, ajudou na produção do meu trabalho da disciplina de História da Educação.
Fico feliz em poder ajudar!