Ultimamente tem ocorrido inúmeras discussões sobre o tema: “O professor e a neutralidade em sala de aula”. Muitos educadores ainda não compreendem o que é ser neutro em sala de aula.
Alguns até pensam:
Não posso ter minha própria ideologia?
Baseado nesses questionamentos, resolvi de forma breve trazer à vocês sobre este assunto tão importante.
Todo e qualquer sujeito, possui suas crenças, ideologias, costumes e valores. Assim que nascemos, somos submetidos à valores historicamente construídos, às crenças e costumes da sociedade em que estamos inseridos.
Todo sujeito é influenciado pois faz parte da sociedade e forma sua ideologia baseada nos costumes, regras e crenças que ele recebeu durante sua vida. Claro que isso não significa que o sujeito nunca mudará sua forma de ver o mundo, basta a convivência com a pluralidade de ideias para que este sujeito possa ter a oportunidade de ampliar sua visão em relação ao mundo.
A escola como ambiente em que devemos propor a reflexão e a construção do conhecimento, tem sofrido algumas turbulências “O discurso ideológico”.
Se a escola defende o pluralismo de ideias como um instrumento de reflexão, isso significa que o professor deve ser imparcial, ou seja, mesmo possuindo sua ideologia, ele dever apresentar outras ideologias e apontar nelas todos os prós e contras.
Afinal O que significa agir com neutralidade em sala de aula?
Para exemplificar melhor vamos tomar como exemplo um professor que lecione a disciplina de religião.
O professor responsável por abordar o tema de religião; deve falar sobre todas as religiões, sua história, costumes, regras dentre outros mesmo possuindo sua própria religião.
Abordar sobre diversas religiões sem defender a sua em específico, não significa que ele está deixando de ter a sua ideologia. Mas significa que ele está permitindo e possibilitando que seus alunos conheçam diversas religiões e que eles possam refletir sobre todas elas, podendo assim tirar suas próprias conclusões em relação à elas.
Essa postura também vale para as questões políticas, costumes culturais e ideologia de gênero. Não é uma tarefa fácil ensinar sem tender ao que mais gostamos e nos identificamos mas, deixar de abordar os demais pontos de vista, priva o aluno que ele desenvolva sua capacidade de reflexão e escolha.
Mesmo que o professor acredite fielmente que sua ideologia é a melhor opção, devemos ter em mente que nem sempre o que é bom pra mim, será bom para o outro, por isso é necessário respeitar a pluralidade de ideias e a escolha de cada sujeito.
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