Música e interdisciplinaridade como prática curricular

Música e interdisciplinaridade como prática curricularA música é um elemento que vem sendo pesquisado por diversos autores e nessas pesquisas já se pode comprovar sua contribuição em diversas áreas do desenvolvimento. Assim, a música é capaz de provocar no sujeito o seu ato de conhecer e aprender por meio dos sentidos, desenvolvendo assim desta forma o pensamento, a percepção visual, consciência, imaginação, atenção, memória, raciocínio e emoções.

Segundo Lima (2010)

A arte quando praticada pelo ser humano, atua como um componente que impulsiona o uso de diversas segmentações cerebrais.

[…] A realização de atividades artísticas mobiliza e integra áreas do cérebro em organizações próprias e específicas. Essas organizações não são encontradas em outras formas de atividade humana e fornecem subsídios para a realização de aprendizagens em vários domínios da vida cotidiana, no estudo e no trabalho (LIMA, 2010, p. 20).

Segundo Lima (2010), fica claro que, a música é sem dúvida um elemento interdisciplinar, pois, trabalha de forma simultânea, diversas áreas do conhecimento, facilitando o aprendizado e o desenvolvimento do sujeito. Sendo a música um objeto de conhecimento que mobiliza áreas conjuntamente, proporciona ao sujeito que desenvolva de forma múltipla diversas áreas ao mesmo tempo.

Música: uma via de mão dupla

A música é uma via de mão dupla -ao mesmo tempo em que ela exige o uso do conhecimento de diversas áreas, ela também ocasiona o aprendizado dessas diversas áreas, fazendo com que o sujeito desenvolva ou aperfeiçoe cada vez mais suas habilidades.

Além da característica interdisciplinar existente na música, ela também é capaz de possibilitar a plasticidade cerebral, que se trata da capacidade do cérebro em manter conexões neuronais bem como reformular essas conexões em caso de lesões cerebrais, criando novas sinapses.

Sendo a música uma prática que exige o uso de diversas áreas, ocorre a formação de diferentes conexões neuronais. Dessa forma a música durante a infância é capaz de estimular o uso dessas conexões.

[…] certas conexões se fazem com uma rapidez muito grande na criança pequena. É isto que possibilita o desenvolvimento da linguagem oral, a aprendizagem de uma ou mais línguas maternas simultaneamente, o domínio de um instrumento musical, o desenvolvimento dos movimentos complexos […] (LIMA, 2008, p. 24).

A música e o sistema nervoso

Dessa forma compreendemos que a música atua no sistema nervoso de forma positiva. A ligação dos neurônios, gera sinapses que por sua vez são impulsos nervosos que possibilitam a aprendizagem do sujeito em relação a sentimentos, pensamentos, coordenação motora, memória dentre outros.

As crianças apresentam em seus primeiros três anos de vida, uma quantidade muito maior de neurônios do que um adulto Reyes (2010). Esses neurônios devem ser estimulados criando novas sinapses, e portanto, novas aprendizagens. A falta do estímulo faz com que esses neurônios parem de funcionar e se percam.

Portanto, podemos ver a importância da música durante a infância. Ela é capaz de estimular os neurônios, que serão os responsáveis pelo desempenho que o sujeito terá no futuro (REYES, 2010).

Música e interdisciplinaridade como prática curricular – REFERÊNCIAS

LIMA, E. S. Cérebro Musical. Revista Presença Pedagógica, 16 (95), set.out.,2010.

LIMA, E. S. Indagações sobre currículo: currículo e desenvolvimento humano; organização do documento Jeanete Beauchamp, Sandra Denise Pegel, Aricélia Ribeiro do Nascimento – Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2008.

REYES, Y. A Casa Imaginária: Leitura e Literatura na Primeira Infância. Brasil. Global Editora, 2010.

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